Mobilização de reservas durante a germinação de sementes de Pinhão manso
Autores/as
Lineker Lopes
Universidade Federal do Ceará
Maria Gallão
Universidade Federal do Ceará
Cândida Bertini
Universidade Federal do Ceará
Palabras clave:
Jatropha curcas L., Fisiologia., Oleaginosa
Resumen
As espécies fanerógamas reservam nutrientes em suas sementes para sustentar sua propagação. A composição química e a forma de uso dos metabólitos são variáveis segundo o genótipo, o ambiente e interação desses fatores. O pinhão manso é considerado uma oleaginosa estratégica para produção de biocombustível, a partir disto, buscou-se quantificar os principais constituintes de reserva (amido, proteína, açúcar solúvel e lipídeo) da semente de pinhão manso e sua disposição nas células durante diferentes períodos germinativos, a fim de se conhecer o processo de mobilização de reservas e o momento potencialmente adequado à extração do óleo vegetal para a espécie. As sementes foram submetidas à embebição em água por 0; 12; 24; 36; 42; 45 e 48 horas, segundo delineamento inteiramente casualizado e avaliadas quanto à biomassa úmida e seca, características químicas de reserva e disposição dos compostos de reserva. Com a pesquisa, observou-se que os teores de lipídeos se elevam em até 43% no momento da protrusão. Os teores de carboidratos, tanto no endosperma quanto no embrião, são mínimos durante a protrusão e logo após esta, indicando máximo uso de carboidratos nos processos da germinação. As maiores sínteses proteicas ocorrem nos instantes de maior ganho de umidade, ocorrendo também uma redução e aglomeração de corpos proteicos durante o período de crescimento radicular do embrião após a protrusão. Apesar da presença de amido no endosperma de Jatropha curcas L., não se pode considerar o amido uma fonte de açúcares durante o período germinativo estudado.