Efeito dos polissacarídeos sulfatados da alga marinha parda

Resumen

O estresse é o agente imunossupressor mais potente na carcinicultura, causando o declínio das defesas naturais dos camarões, deixando-os enfraquecidos e susceptíveis às contaminações por patógenos. Sendo assim, o desenvolvimento de estratégias que visem tornar estes animais mais resistentes é de fundamental importância para o sucesso da atividade. Uma possível solução que vem sendo estudada é o uso de compostos imunoestimulantes, como os polissacarídeos sulfatados (PS) de algas marinhas. O presente trabalho avaliou o efeito da administração dos PS, extraídos da alga parda Spatoglossum schroederi, na sobrevivência e crescimento de juvenis de Litopenaeus vannamei, submetidos a condições de estresse por hipóxia. Os PS foram administrados diariamente, por 33 dias, via imersão, nas concentrações 0,0 (controle); 0,5; 1,0 e 2,0 mg L^-1, possuindo cada tratamento quatro repetições. O estresse foi induzido através da supressão temporária da aeração, durante cinco horas, no 23°; 24° e 25° dia. Os valores médios foram submetidos à Análise de Variância e ao Teste de Tukey (p<0,05). A sobrevivência dos camarões administrados com maior dosagem foi significativamente superior das demais (p=0,0101) no final do experimento. Não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos, em relação ao crescimento, nas quatro biometrias realizadas. Apesar do efeito positivo constatado, mais estudos devem ser realizados, buscando otimizar o tempo e método de administração, como também a dose ideal empregada. Deve-se, ainda, avaliar a eficiência imunoestimulante do composto através de testes específicos utilizando a hemolinfa e o tecido muscular dos animais.