"Casa tomada", de Julio Cortázar: o fantástico como representação política e social
Résumé
O presente artigo consiste num recorte da iniciação científica “Leitura, Literatura e Dialética: dimensões do sistema literário aplicadas à leitura de contos fantásticos contemporâneos”, fomentada pela FAPESP. O estudo visa a discutir questões concernentes à estética da recepção da literatura fantástica latino-americana à luz das teorias de autores como Candido (2000, 2006), Iser (1996), Barthes (2012, 2015) e Eco (1985, 2002), bem como Roas (2001) e Campra (2001, 2008), especialistas no gênero fantástico. O instrumental teórico permitiu-nos construir o “sistema dialético-literário” que analisa o texto literário dialeticamente, supondo o próprio texto como tese, a ação do leitor como antítese e o inventário hermenêutico como síntese. Para tal, aplicaremos esse sistema em “Casa tomada”, de Julio Cortázar (2019), a fim de compreender como o gênero fantástico é capaz de discutir problemas epistemológicos referentes a um contexto político, social, cultural, histórico e a um Zeitgeist, acrescentando ainda reflexões acerca da nossa contemporaneidade.
Téléchargements
Publiée
Versions
- 2024-12-29 (2)
- 2024-12-29 (1)