Vozes da ancestralidade: Caminhos interseccionais percorridos por mulheres indígenas na gestão organizacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19094/contextus.2024.85252

Palavras-chave:

Teoria da Interseccionalidade, mulheres indígenas, gênero, etnia, gestão organizacional.

Resumo

Contextualização: Desde o momento em que os colonizadores chegaram ao Brasil, as mulheres indígenas têm sido alvo de discriminação e violência de várias formas, principalmente por conta de preconceitos de gênero e etnia. Assim, mesmo após mais de 500 anos de luta por um lugar de acolhimento, esforço para preservar suas origens e garantir a subsistência de seu povo, essas mulheres ainda não ocupam os espaços de destaque social e organizacional que merecem. 

Objetivo: O presente artigo tem como objetivo compreender os caminhos interseccionais percorridos por mulheres indígenas na gestão organizacional. No que tange aos "caminhos interseccionais", este estudo reconhece como as identidades sobrepostas de gênero e etnia podem moldar de maneira única as experiências de mulheres indígenas, influenciando suas jornadas desde a formação acadêmica até o alcance de cargos de liderança.

Método: Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou o método do relato oral. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas com a participação de quatro gestoras indígenas atuantes na região amazônica.

Resultados: Os relatos obtidos evidenciaram as violências causadas pela interação dos marcadores sociais de gênero e etnia nas vidas pessoais e profissionais das entrevistadas, desde a saída de suas comunidades para estudar nas cidades, durante a permanência na universidade, até a ocupação de cargos gerenciais.

Conclusões: Esta pesquisa contribui para a teoria interseccional ao abordar o gênero e a etnia em um contexto pouco explorado pela literatura - mulheres indígenas em cargos de liderança - e avança na compreensão da diversidade nas organizações. Além disso, contribui para a reflexão sobre a necessidade de desenvolvimento de políticas de diversidade e inclusão e de melhorar as práticas de gestão organizacional.

Biografia do Autor

Ana Carolina Yanaguibashi Gonçalves, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Bacharela em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Pará (UFPA). 

Jaqueline Ferreira da Silva, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Bacharela em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Pará (UFPA). 

Aleff dos Santos Santana, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Professor na Universidade Federal do Pará (UFPA)

Doutorando em Controladoria e Contabilidade na Universidade de São Paulo (USP)

Adriana Rodrigues Silva, Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarém/Portugal)

Professora no Instituto Politécnico de Santarém.

Doutora em Contabilidade pelo Programa conjunto entre a Universidade do Minho (UMinho) e a Universidade de Aveiro (UA)

Juliette de Castro Tavares, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Professora na Universidade Federal do Pará (UFPA)

Doutoranda em Ciências Contábeis na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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Publicado

2024-09-17

Como Citar

Gonçalves, A. C. Y., Silva, J. F. da, Santana, A. dos S., Silva, A. R., & Tavares, J. de C. (2024). Vozes da ancestralidade: Caminhos interseccionais percorridos por mulheres indígenas na gestão organizacional. Contextus – Revista Contemporânea De Economia E Gestão, 22(spe.), e85252. https://doi.org/10.19094/contextus.2024.85252

Edição

Seção

Chamada Especial - (Des)Igualdade, Diversidade e Inclusão: Abordagens Organizacionais e Contábeis