Por um senso vazante do self

Autores/as

  • Erin Manning

Resumen

Na teoria psicanalítica de Esther Bick, a relação do bebê com o mundo é mediada pela capacidade da pele de servir como um invólucro contentor da experiência (container). No decorrer do desenvolvimento do bebê essa contenção (containment) passa a exprimir cada vez mais a coesão do self, fomentado pela contínua interação com quem lhe presta cuidados. Através da ênfase em formas particulares de interação – formas que envolvem especificamente o contato pele-com-pele – o bebê constitui o receptáculo necessário para a sua eventual autossuficiência interativa. Mas e se a pele não fosse um invólucro contentor? E se a pele não fosse um limite no interior do qual o self começa e termina? E se a pele fosse uma superfície porosa e topológica, composta de uma infinidade de estratos potenciais capazes de organizar a relação entre diferentes ambientes, cada qual uma multiplicidade de dentros e foras? Este artigo explora essas questões e o faz com base no pensamento de Daniel Stern sobre a infância.

Publicado

2019-02-02

Cómo citar

Manning, E. (2019). Por um senso vazante do self. Revista Vazantes, 2(2), 5–17. Recuperado a partir de http://200.129.40.241/vazantes/article/view/40286