Cosmosensoriologia: rotas para uma metodologia fugitiva em artes
Abstract
Este artigo desenvolve e explora o que eu chamo de Cosmosensoriologia como uma metodologia de pesquisa com o sensível em que o mundo esteja livre das molduras macropolíticas que aprisionam as sensações aos contornos representativos dos métodos científicos e estéticos, esquivando-se também do fetiche micropolítico que impede a potência do desejo de se fazer também contra toda e qualquer redução da experimentação de mundos às esferas da subjetividade moderna colonial. As rotas conceituadas se encontram com as linhas de contingência da poética de Gloria Anzaldúa, contaminam-se com o conhecimento fugitivo de Fred Moten e Stefano Harney, com a sociologia imaginativa de Avery Gordon, e assombram-se com as cartografias do terror das paisagens anticoloniais de Achille Mbembe, Frantz Fanon e Gayatri Spivak.