Tudo o que ganham é para se vestirem
vestes, o vestir-se e formas de pensar o tempo e a memória em meados do século XVIII e XIX.
Mots-clés :
Vestimenta. Memória. História. Tempo. Resistência.Résumé
Este trabalho estuda como a construção e o desenvolvimento de objetos materiais, artifícios de usos superficiais como roupas e formas de vestir-se, presentificam sentimentos e afetos sobre experiências temporais e resistências cotidianas entre os séculos XVIII e XIX no Ceará. Com base em variadas tipologias de fontes, como impressas, diários de viajantes, obras de época, manuais de civilidade, fontes manuscritas e literatura ficcional, partimos do entendimento de que a imaginação e a trama narrativa podem mostrar a materialidade de relações sociais. Nesse sentido, se a memória é importante para pensar o tempo, sobretudo à percepção da diferença temporal e compreensão de uma realidade presente, interrogamo-nos como as roupas, vestimentas e materiais usados superficialmente por sujeitos variados podem nos ajudar a compreender sensibilidades e experiências passadas. Assim, diante disso, procuramos mostrar ser fundamental compreender como se configuravam as relações e hibridismos entre objetos naturais, artificiais, usos e costumes dos sujeitos que partilhavam uma vida em comum nesse momento.