QUILOMBO PERIFÉRICO: DO BOOM BOOM BLACK À FESTA CRIOULA - AS FESTIVIDADES NEGRAS NA CIDADE DE FORTALEZA/CEARÁ
Palabras clave:
Quilombos. Bailes Black´s. AncestralidadeResumen
A corporeidade, musicalidade, roupas, penteados, tranças e acessórios utilizados nos bailes demarcam a ancestralidade da população negra e carregam valores histórico-culturais de povos africanos, por este motivo urge a necessidade de se estudar os bailes enquanto quilombo periférico. O objetivo de pesquisa é analisar, descrever e compreender o quilombo periférico a partir dos Bailes Black’s: A estética, o processo de agência e resistência incorporada neles. Parto de uma perspectiva etnográfica atrelada aos conceitos de artesania intelectual e escrevivências para embasar o aporte teórico e conceitual da escrita. E para coleta de dados faço recurso da obeservação participante, formulários de opinião/motivação e entrevistas semiestruturadas com produtores e frequentadores dos bailes: Boom Boom Black, Festacrioula e Suorpreto. Como resultado de pesquisa denotou - se que produtores e frequentadores reconhecem a relevância destes espaços para a comunidade negra e consideram que existe renitência colonial (institucional) e acadêmica na titulação destes espaços enquanto Quilombos. Chegamos a conclusão que os Bailes Black´s são espaços majoritariamente produzidos e frequentados por pessoas negras, espaço de sociabilização, confraternização e união. Eles são o reflexo de um quilombo distante da perspectiva ruralista, um quilombo forjado em cimento e cal: Periferia.