M[i]NINO OU M[e]NINO: análise sociolinguística da média anterior /e/ em posição pretônica no português falado em Baião-Pará.
Resumo
Com base em ancore da Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH, LABOV e HERZOG, 2006), este estudo tem como escopo de análise o comportamento variável da vogal média anterior pretônica /e/ na variedade falada da zona urbana do português de Baião-PA. Objetiva analisar os possíveis condicionadores por meio de variáveis linguísticas e extralinguísticas, da regra de manutenção da pretônica /e/ com base em amostra estratificada e em termos da sociolinguística variacionistas. O corpus para análise foi constituído de 12 informantes estratificados por faixa etária, sexo e escolaridade. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas de experiências pessoais e os dados foram analisados pelo pacote de programa computacional Goldvarb. Como resultado, verificamos que em Baião a manutenção de /e/ pretônico é o fator de maior frequência, uma vez que os dados estatísticos mostraram que diante do universo de 1.003 ocorrências de fala, num percentual de 63% ocorreu a ausência de alteamento, peso relativo de 0.630, enquanto para a presença de alteamento foi somente 37%, peso relativo de 0,370. Os fatores linguísticos considerados relevantes para a explicar a ausência de alteamento de /e/ em posição pretônica no falar baionense são: a vogal baixa (a) com peso relativo 0.67, do contexto vocálico da tônica quando a pretônica é nasal; o papel da consoante do onset quando dorsal com peso relativo 0.82; quanto ao fator social, o mais significativo apresentou a segunda faixa etária, com peso relativo de 0.54, tomado como estatisticamente significativo para a ausência de alteamento da variável dependente.
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