Persistência de herbicidas dessecantes aplicados em milho transgênico sobre Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae)

Autores

  • Rafael Pasini Universidade Federal de Pelotas
  • Anderson Grützmacher Universidade Federal de Pelotas
  • Daniel Spagnol Universidade Federal de Pelotas
  • Ronaldo Zantedeschi Universidade Federal de Pelotas
  • Felipe Friedrich Universidade Federal de Pelotas

Palavras-chave:

Controle biológico, Controle químico, Parasitoide de ovos, Zea mays

Resumo

O milho é um dos cereais mais cultivados no mundo e para a obtenção de altas produtividades é imprescindível o controle adequado das plantas daninhas. Contudo, a utilização de herbicidas pode comprometer os efeitos benéficos da ação dos inimigos naturais, entre eles o parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum. O objetivo deste trabalho, foi estimar a duração da atividade nociva de herbicidas dessecantes aplicados em milho transgênico ao parasitoide T. pretiosum através de testes de persistência. Foram realizados bioensaios em laboratório, expondo-se os adultos do parasitoide aos resíduos dos herbicidas, utilizando-se as metodologias propostas pela “International Organization for Biological Control of Noxious Animals and Plants” (IOBC). Os herbicidas foram pulverizados sobre as folhas das plantas de milho transgênico, que foram levadas ao laboratório para a confecção de gaiolas de exposição, onde adultos de T. pretiosum foram expostos aos 3; 10; 17; 24 e 31 dias após esta aplicação. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições para cada tratamento. A redução do parasitismo em relação à testemunha foi utilizada para classificar os agrotóxicos quanto à seletividade e, posteriormente quanto à persistência. Os herbicidas dessecantes à base de sal de isopropilamina (Glifosato® Atanor 48, Gli-Up® 480 SL, Roundup® Original, Roundup® Transorb, Roundup® WG, Shadow® 480 SL, Stinger® e Trop®), sal de potássio (Zapp® Qi 620) e de sal de amônio (Finale®) foram considerados de vida curta, tendo menos de cinco dias de atividade nociva sobre o parasitoide. Assim, liberações inundativas de T. pretiosum podem ser realizadas aos três dias após pulverização destes herbicidas dessecantes.

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Publicado

2016-10-11

Edição

Seção

Fitotecnia