Coberturas mortas de inverno e controle químico sobre plantas daninhas na cultura do milho
Autores
Dagoberto Martins
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Clebson Gonçalves
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Antonio Silva Junior
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Palavras-chave:
Herbicida, Plantio direto, Resíduo vegetal, Rotação de culturas, Zea mays L.
Resumo
A escolha correta das culturas para cobertura do solo melhora a sustentabilidade do sistema de cultivo, pois pode potencializar o uso dos herbicidas, reduzir a infestação de plantas daninhas e melhorar o desempenho das culturas. Com o objetivo de estudar o efeito de coberturas mortas de inverno e do uso de herbicidas sobre comunidade de plantas daninhas na cultura do milho, foi realizado um estudo no delineamento inteiramente casualizado com os tratamentos dispostos em parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas, em número de seis, foram compostas pelas seguintes culturas de inverno: Lupinus albus, Lathyrus sativos, Triticum aestivum, Avena strigosa, Raphanus sativus, mais uma testemunha mantida em pousio. As subparcelas em número de três, foram compostas por: 1 - pulverização apenas de herbicida de manejo antes da semeadura do milho; 2 - herbicida de manejo após a semeadura do milho + herbicida residual, e 3 - testemunha sem aplicação de herbicidas. As coberturas mortas de aveia-preta e nabo-forrageiro proporcionam as menores densidades de plantas daninhas e acúmulos de massa seca da comunidade infestante, independente da aplicação ou não de herbicidas. Houve uma maior germinação de B. pilosa nas parcelas mantidas com a cobertura de tremoço, com exceção das subparcelas onde se aplicou herbicida em pré-emergência, o que evidencia um efeito estimulante da cobertura morta. O emprego de algumas espécies na formação da cobertura morta para o plantio direto pode dispensar ou reduzir a quantidade de herbicidas necessária para o controle das plantas daninhas.