Influências da temperatura de armazenamento e de extratores na determinação de glomalina em solos Paraibanos
Autores
Carla Sousa
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Rômulo Menezes
Universidade Federal de Pernambuco
Everardo Sampaio
Universidade Federal de Pernambuco
Francisco Lima
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Palavras-chave:
Solos, Glomalina, Fungo
Resumo
Fungos micorrízicos arbusculares (FMA) produzem glomalina, uma glicoproteína que contribui na formação de agregados estáveis, no seqüestro de metais pesais e como um reservatório de C e N nos solos. Solo, clima, espécie fúngica, vegetação, sistema de uso do solo e práticas de manejo agrícola influenciam na quantidade de glomalina produzida pelos FMA. Foram avaliadas a eficiência de extratores e o efeito da temperatura de armazenamento das amostras sobre a quantidade de glomalina extraída de um Neossolo Flúvico e de um Luvissolo, localizado na região semiárida Paraibana, Nordeste do Brasil. Os teores de glomalina foram quantificados logo após a coleta das amostras em campo e 15 meses após partes delas serem mantidas em temperatura ambiente (± 25 ºC) ou em refrigerador (± 4 ºC). Na quantificação foram testadas duas soluções extratoras: citrato de sódio e pirofosfato de sódio, (ambas a 20 mM; pH 7,0). As amostras armazenadas em refrigerador apresentaram até 47,6% mais glomalina que as mantidas em temperatura ambiente. Não foram observadas diferenças significativas entre as quantidades extraídas com citrato de sódio e com pirofosfato de sódio. Para uma quantificação mais precisa da glomalina, recomenda-se a refrigeração das amostras de solo após a coleta em campo.