O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de estreptomicetos no controle do nematóide Scutellonema bradys em túberas de inhame. Em laboratório, foi montado um bioensaio em placas tipo Elisa em delineamento experimental inteiramente casualizado, onde foram adicionados 200 µL de metabólitos de cada um dos cinco isolados de estreptomicetos avaliados ou água potável (tratamento controle), juntamente com 100 nematóides, com oito repetições (cada repetição constituída de uma cavidade da placa). O percentual de nematóides mortos foi determinado após a incubação por 24 horas em metabólitos e 24 horas em água potável. Metabólitos produzidos pelos isolados de estreptomicetos causaram entre 87,2% e 100% de mortalidade de S. bradys. Em casa de vegetação, foi instalado um experimento em delineamento experimental de blocos ao acaso, onde túberas-semente de inhame foram imersas por 24 horas em suspensão contendo propágulos dos três isolados de estreptomicetos mais eficientes e em água potável (tratamento controle), com 10 repetições. As túberas-semente foram plantadas em solo estéril e quinze dias após a germinação foi realizada a inoculação de 2.000 nematóides/planta. Após cinco meses, foi realizada a coleta das túberas das quais foram retiradas amostras da casca para a quantificação de nematóides presentes. Constatou-se uma redução de 84,5% a 95,4% no número de nematóides nas túberas inoculadas com os isolados de estreptomicetos. Estes resultados indicam que os isolados de estreptomicetos avaliados apresentam potencial para biocontrole do nematóide S. bradys.