Ruth First and the history of Social Sciences in Mozambique: the “black gold” and the migrant worker in South African mines
Keywords:
Ruth First, Mozambique, Black gold, Migrant worker, South AfricaAbstract
The present article describes the classical work of the Mozambican Social Sciences Black Gold: the Mozambican miner, proletarian and peasant (1983), writed by Ruth First in the end of seventies. The author was a communist militant and fought against Apartheid regime. The book explains the social situation of migrant workers in the mines of South Africa, originated from Inhambane, South province of Mozambique. This work is fundamental to understand the character of Mozambican Social Sciences after the Independence in 1975. By reading Ruth First’s book we can elaborate hypothesis about the exploitation of worker in the African mines today. Finally we will discuss how the use of categories proletarian and peasant in African countries helps us to understand the theoretical possibilities of Africa as object of research in the Social Sciences.
References
ALLINA, Éric. Slavery by any other name: African life under Company Rule in Colonial Mozambique. Cadernos de Estudos Africanos, 25, 2013, p. 209-212.
AMIN, Samir. L’accumulation à l’échelle mondiale. Paris: Éditions Anthropos, 1970.
______ O desenvolvimento desigual: ensaios sobre as formações sociais do capitalismo periférico. São Paulo: Forense, 1976.
______ O capitalismo e a renda fundiária, in: AMIN, S., VERGOPOULOS, K. (orgs.). A questão agrária e o capitalismo. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
BALANDIER, Georges. Sociologia da África Negra: dinâmica das mudanças sociais na África Central. Lisboa/Luanda: Edições Pedago/Edições Mulemba, 2014.
BAMBIRRA, Vânia. O capitalismo dependente latino-americano. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2013.
BRAGANÇA, Aquino de, O’LAUGHLIN, Bridget. O trabalho de Ruth First no Centro de Estudos Africanos: o curso de desenvolvimento, in: MONDAINI, M. (org.). Sonhar é preciso: Aquino de Bragança: independência e revolução na África Portuguesa (1980-1986). Recife: Editora UFPE, 2014.
CARCANHOLO, Reinaldo A., NAKATANI, Paulo. O capital especulativo parasitário: uma precisão teórica sobre o capital financeiro, característico da globalização. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 20, n. 1, p. 284-304,1999.
CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS-UEM. O mineiro moçambicano: um estudo sobre a exportação de mão de obra em Inhambane. Maputo: CEA-UEM, 1998.
FERNANDES, Florestan. A natureza sociológica da sociologia. São Paulo: Ática, 1980.
FIRST, Ruth. Black Gold: the Mozambican Miner, proletarian and peasant. Sussex/New York: The Harvester Press/ St. Matins’s Press, 1983.
______ Subdesenvolvimento e trabalho migratório, in: MONDAINI, M. (org.). Sonhar é preciso: Aquino de Bragança: independência e revolução na África Portuguesa (1980-1986). Recife: Editora UFPE, 2014.
HARRIES, Patrick (1976), Labour migration from the Delagoa Bay hinterland to South Africa, 1852 to 1895. The Societies of Southern Africa in the 19th and 20th centuries, v. 7, London, ICS, 1976.
HARRIS, Marvin. Labour emigration among the Mozambique Thonga: cultural and political factors. Africa, 29, 1959, p. 50-66.
GEFFRAY, Christian. Fragments d’un discour du pouvoir (1975-1985): du bon usage d’une méconnaissance scientifique. In: GUILLAUD, Y., LÉTANG, F. (orgs.). Du social hors la loi: l’anthropologie analytique de Christian Geffray. Marseille: IRD, 2009, p. 58-72.
JAMES, C. L. R. Os jacobinos negros: Toussaint L’Ouverture e a revolução de São Domingos. São Paulo: Boitempo, 2000.
KOFI, Tetteh A. Peasants and economic development: populist lessons for Africa. African Studies Review, v. 20, n. 3, p. 91-119, dec. 1977.
LABARTHE, Gilles. L’or africain: pillages, trafics & commerce international. Marsaille: Agone, 2007.
MACAGNO, Lorenzo. Do assimilacionismo ao multiculturalismo: educação e representações sobre a diversidade cultural em Moçambique. 2000. 2 v. (Doutorado em Sociologia e Antropologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
MANNHEIM, Karl. Ideologia e utopia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
MARINI, Ruy Mauro. Subdesenvolvimento e revolução. Florianópolis: Insular, 2012.
MARTINS, Carlos Eduardo. Globalização, dependência e neoliberalismo na América Latina. São Paulo: Boitempo, 2011.
MARX, Karl. El 18 Brumario de Luis Bonaparte. Buenos Aires: Longseller, 2005.
______ O Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. v. 5.
MONDLANE, Eduardo. Lutar por Moçambique. Maputo: CEA, 1995.
MOSCA, João. Economia de Moçambique: século XX. Lisboa: Instituto Piaget, 2005.
OLIVEIRA, Francisco de. Crítica à razão dualista/O ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.
PÉLISSIER, René. História de Moçambique: formação e oposição 1854-1918. Lisboa: Estampa, 2000.
PEREIRA, Rui M. Raça, sangue e robustez: os paradigmas da Antropologia Física colonial portuguesa. Cadernos de Estudos Africanos. 7/8, 2005, p. 209-241.
RITA-FERREIRA, António. Recentes contribuições para o estudo do trabalho migratório de Moçambique para a África do Sul. Cadernos do Noroeste. v. 4 (6-7), 1991, p. 23-40.
SANSONE, Livio. Eduardo Mondlane and the social sciences, Vibrant, v. 10, n. 2, p. 73-111, 2013.
SHORE, Herbert. Resistência e revolução na vida de Eduardo Mondlane, Estudos Moçambicanos, Maputo, n. 16, p. 19-59, 1999.
SANTOS, Theotonio dos. Democracia e socialismo no capitalismo dependente. Petrópolis: Vozes, 1991.
______ A teoria da dependência: balanço e perspectivas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
TRASPADINI, Roberta, STÉDILE, João Pedro (orgs.). Ruy Mauro Marini: vida e obra. São Paulo: Expressão Popular, 2005.
WELCH JR., Claude E. Peasants as focus in African Studies. African Studies Review, v. 20, n. 3, p. 1-5, dec. 1977
ZAMPARONI, Valdemir. De escravo a cozinheiro: colonialismo e racismo em Moçambique. 2. ed. Salvador: EDUFBA, 2012.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).