Corpos femininos em tempos de guerra
Poéticas de Gustave Akakpo em La Mére Trop Tôt (2004)
DOI:
https://doi.org/10.36517/rcs.52.3.a03Palavras-chave:
Teatro Africano Contemporâneo, Teatro Africano Francófono, Gustave Akakpo, Dramaturgia de Guerra, Memória ColetivaResumo
Este artigo discute a presença feminina na dramaturgia artivista do togolês Gustave Akakpo, utilizando como recorte a peça La Mère Trop Tôt (2004) que aborda o drama de crianças e adolescentes sobreviventes de uma guerra civil na África. O texto está organizado em três seções, conforme: análise da estrutura da peça La Mère Trop Tôt (2004) apoiada nos estudos de Jean-Pierre Sarrazac (2017); análise da poética de Gustave Akakpo assentada na produção teórica de Sylvie Chalaye (2017) e discussão da obra enfocando a objetificação de corpos femininos e memórias de violência sob a ótica dos Estudos Feministas em diálogo com Michael Pollock (1989). A memória coletiva sobre a guerra situa-se no entre-lugar, pois amplifica a dramaturgia afro-contemporânea para além África, ao enfocar a contradição e a complexidade dos corpos femininos que se ressignificam na obra analisada.
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