TOMÁS DE AQUINO E A RAZÃO NATURAL DOS DIREITOS HUMANOS: PESSOA E BEM COMUM
Palabras clave:
Filosofia do Direito, Tomás de Aquino, Direitos Humanos, Positivismo Jurídico, Lei NaturalResumen
A atual defesa dos direitos humanos reavivou a discussão acerca da fundamentação do direito. O pensamento do Positivismo Jurídico que igualou o direito à lei passou a ser contestado em razão da necessidade de garantias da pessoa contra o poder político. Dessa forma, o presente trabalho apresenta a concepção de Tomás de Aquino acerca do direito, da lei e da justiça e analisa como o positivismo contrapôs-se a esse posicionamento, levando a uma contradição com a defesa dos direitos humanos. Como consequência, analisa-se uma proposta de fundamentação dos direitos humanos na Filosofia Tomista. No contexto de discussões sobre Filosofia do Direito, o objetivo do presente trabalho é analisar como os conceitos de Direito e de Justiça em Tomás de Aquino, fundados nas ideias de pessoa, bem comum e lei natural, podem fundamentar a concepção contemporânea dos direitos humanos. A metodologia empregada foi de pesquisa bibliográfica. Após a identificação da insuficiência do Positivismo Jurídico, o presente trabalho identificou na posição de Aquino uma possibilidade que assegura uma base para os direitos humanos que não se subordina ao Poder do Estado e sem os problemas da visão moderna de direito natural.Citas
AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. Vol. 4 e 6. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2015.
BARZOTTO, Luis Fernando. Filosofia do Direito: os conceitos fundamentais e a tradição jusnaturalista. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.
BASTIT, Michel. Nascimento da lei moderna. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
______. O Positivismo Jurídico: Lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 1995a.
______. Teoria da norma jurídica. Bauru: EDIPRO, 2001.
______. Teoria do ordenamento jurídico. 6. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1995b.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Barrios Altos vs. Peru. Mérito. Sentença de 14 de março de 2001. Disponível em: <http://www.corteidh.or.cr/cf/Jurisprudencia2/busqueda_casos_contenciosos.cfm?lang=es>. Acesso em: 30/07/2015.
FINNIS, John. Fundamentos de ética. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
HART, H. L. A. O conceito de direito. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.
HERVADA, Javier. O que é o direito? A moderna resposta do realismo jurídico. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2006.
HOBBES, Thomas. De cive: elementos filosóficos a respeito do cidadão. Petrópolis: Vozes, 1993.
ISRAËL, Nicolas. Genealogia do Direito Moderno: o estado de necessidade. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 8. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.
KLAUTAU FILHO, Paulo de Tarso Dias. Igualdade e Liberdade: Ronald Dworkin e a Concepção Contemporânea de Direitos Humanos. Belém: CESUPA, 2004.
MARITAIN, Jacques. O homem e o estado. 4. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1966.
NINO, Carlos Santiago. Ética e Direitos Humanos. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2011.
RAMPAZZO, Lino; NAHUR, Március Tadeu Maciel. Princípios jurídicos e éticos em São Tomás de Aquino. São Paulo: Paulus, 2015.
RAWLS, John. Uma teoria da justiça. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
RAZ, Joseph. O conceito de sistema jurídico: uma introdução à teoria dos sistemas jurídicos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
ROBLES, Gregorio. Os Direitos Fundamentais e a Ética na Sociedade Atual. Barueri: Manole, 2005.
STRAUSS, Leo. Direito Natural e História. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014.
VOEGELIN, Eric. História das ideias políticas: Idade Média até Tomás de Aquino. Vol. 2. São Paulo: É Realizações Editora, 2012.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista NOMOS o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Autores são responsáveis pelo conteúdo constante no manuscrito publicado na revista.