“MOMENTO DA AFETIVIDADE”: UMA INSPIRAÇÃO PEDAGÓGICA PARA UM ENSINO ACOLHEDOR
Resumo
As práticas educacionais no Ensino Básico seguem um modelo que valoriza a razão em detrimento da emoção, e se tornam ainda mais problemáticas dentro de um contexto pandêmico, tendo em vista o momento de fragilidade emocional no qual os alunos se encontram, porque os distanciam das aulas e agravam a questão da unilateralidade na relação professor-aluno. Este trabalho busca demonstrar como o Momento da Afetividade é utilizado como ferramenta de humanização, acolhendo tanto a razão como a emoção, e amenizando os problemas citados anteriormente; ademais, gostaríamos de inspirar e incentivar nossos colegas, também eles futuros docentes, a se apropriarem dessa prática renovadora. Para tal, observamos e dialogamos sobre as aulas remotas de filosofia, dos 1° e 2° anos do ensino médio, no Colégio Justiniano de Serpa, em Fortaleza-Ce, durante o ano letivo de 2021. Houve limitações inerentes às videoconferências, que nos impossibilitaram saber como os alunos que não estavam se comunicando (visual, escrito ou sonoramente) durante a aula reagiam aos diferentes eventos. Mesmo assim, evidenciamos que, no geral, o Momento da Afetividade colaborou no enfrentamento do ensino remoto de filosofia de diferentes maneiras, por exemplo: gerou um ambiente de proximidade entre professora e alunos; dinamizou a aula, tornando-a mais participativa; propiciou diálogos sobre o cotidiano; aumentou a assiduidade; como momento inicial, conseguiu cativar os alunos, facilitando a aprendizagem; oportunizou aos alunos um espaço de autorreflexão, colaborando com o aumento da autoestima. Com esse estudo, compreendemos que o Momento da Afetividade, enquanto metodologia pedagógica inclusiva do emocional ao ambiente educacional, é de suma importância para o desenvolvimento escolar e, principalmente, humano dos alunos, ou seja, seu valor está para além do ensino de filosofia. Os nossos sinceros agradecimentos à CAPES pela concessão de bolsas para o desenvolvimento do nosso estudo.
Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XV Encontro de Práticas Docentes
Licença
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