AUTOIDENTIDADE: AUTORRETRATO NA PERSPECTIVA DO SENSÍVEL

Resumo

O desconhecimento, a necessidade, a pressa e a inevitabilidade de buscar soluções para esse ensino remoto, trouxe, de certa forma, a indispensabilidade do professor entrar em uma nova sintonia, a sintonia digital. Permitir estar nessa sintonia é aprender a conviver com o On e Off line diariamente, é deixar se atravessar e se transformar através dos fazeres e saberes, é enxergar as possibilidades, é buscar um refinamento do olhar através da tela, pois assim, tornará possível uma ressignificação do ambiente virtual. Para poder atuar nesse ambiente, o presente estudo se baseia na relação de convívio e tecnovívio discutida por Dubatti (2015), em que, por meio das aulas remotas, podemos investigar o convívio através de estratégias metodológicas tecnoviviais. Com o objetivo de trabalhar as subjetividades dos alunos na perspectiva do sensível, e na busca desse convívio através das telas, resolvi investigar a autoidentidade, trazendo a ideia do autorretrato pelo modo virtual, o qual os alunos exploraram uma integração das artes visuais com os recursos tecnológicos. Sendo assim, buscando esse potencial de interação entre alunos e tecnologia, levei como metodologia um aplicativo - o qual muito utilizado pelo público infanto-juvenil - para que eles pudessem criar um avatar trazendo a ideia de representação deles mesmos, com o objetivo de se personificar e falar sobre si. O projeto ainda está em andamento, contudo percebe-se que por meio dessa experiência foram desenvolvidas algumas competências, tais como a empatia, o foco, o entusiasmo, a autoconfiança, a imaginação criativa, o interesse criativo, o respeito e a curiosidade para aprender. Inclusive, acredita-se que por meio dessa experiência, as subjetividades dos alunos poderão ser ampliadas, pois entende-se que a experiência estética possibilita uma abertura do aluno ao criativo.