ARTES INSURGENTES: COLETIVIZANDO RESISTÊNCIAS

Resumen

A coletivização de resistências e de saberes não hegemônicos fortalece e potencializa suas ressonâncias por meio de manifestações e atividades artísticas, principalmente em territórios periféricos. Desta forma, este trabalho tem o intuito de apresentar experiências e apostas metodológicas do Projeto Artes Insurgentes: Coletivizando Resistências. Vinculado ao Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação (VIESES-UFC) e ao Laboratório de Psicologia em Subjetividade e Sociedade (LAPSUS-UFC), o projeto tem como base teórica-metodológica autores e autoras da Psicologia Social em interlocução com referenciais da esquizoanálise e estudos anticoloniais que atravessam em suas produções questões sobre juventudes, território, violências urbanas e arte como dispositivo de re-existência. Estabelecendo diálogos e parcerias com coletivos juvenis e estudantes de escolas públicas do território Grande Bom Jardim (GBJ), o projeto realizou diversas oficinas virtuais com alunas(os) de escolas públicas do GBJ pautando Direitos Humanos e das Juventudes, Feminismos, Cuidados em Saúde Mental no contexto da Pandemia de COVID-19, Projetos de Vida, Fotografia, Música, dentre outras temáticas, ajudando a compor o III Festival das Juventudes. Essa colaboração resultou em uma exposição virtual das materialidades produzidas por alunas(os), como poemas e desenhos, que aconteceu no instagram do projeto. Também foi produzido um podcast em que seus episódios dialogam com integrantes de coletivos e organizações que atuam na luta por direitos no GBJ, partilhando o que eles/elas estão produzindo e criando no território. A partir do retorno de estudantes e professores, conclui-se que as múltiplas linguagens artísticas utilizadas, bem como a metodologia para engajar a participação deles contribuíram para incentivar o registro do que essas juventudes estão produzindo e também compor com elas em suas movimentações.