TECNOFILIA X TECNOFOBIA: O LUGAR DA NOÇÃO DE PROGRESSO NA FILOSOFIA DA TÉCNICA
Resumen
São muitas as vertentes da filosofia da técnica que se ocupam com o impacto do progresso na vida humana. Não poderíamos iniciar essa discussão sem mencionar a variedade de posições relativas ao modo como a técnica é avaliada ao logo do desenvolvimento estrutural da realidade. Podemos destacar a tecnofobia e a tecnofilia. A tecnofobia é identificada quando se adota uma posição radicalmente contrária ao desenvolvimento, fomentando-se medidas veementes (individuais ou institucionais) de contenção do crescimento técnico e das bases estruturais que o sustentam. A tecnofilia, por sua vez, caracteriza-se por um culto desmedido ao progresso técnico, de modo que outras facetas da humanidade, igualmente importantes para garantir a subsistência humana, são colocadas em segundo plano. O principal objetivo deste trabalho é mostrar que as consequências dessa polaridade devem ser discutidas filosoficamente, de maneira que sejamos capazes de identificar os impactos (ético, epistemológico, ontológico, ecológico) que tais posições causam na vida humana. Desse modo, surge uma visão crítico-reflexiva, que se interpõe como alternativa diante da radicalidade da tecnofobia e da tecnofilia e de seus respectivos representantes. Levando em consideração que a filosofia da técnica foi apenas recentemente introduzida na história da filosofia como um campo a ser estudado de forma independente, faz-se necessário partir de pesquisas metodologicamente específicas, como é caso da História da Filosofia do filósofo francês Gilbert Hottois, na qual podemos encontrar um verdadeiro itinerário da noção de progresso técnico (da renascença à pós-modernidade). Com isso, nas discussões subsequentes, o apelo conclusivo deste trabalho aponta para uma visão crítica da técnica entendida como o conjunto dos dispositivos colocados a serviço da humanidade.Descargas
Publicado
2021-01-01
Número
Sección
II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
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