Semiótica e Cinema: os signos da aflição de Violeta, no filme O Abismo Prateado

Auteurs

  • Camila da Silva Sousa Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
  • Feliciano José Bezerra Filho Universidade Estadual do Piauí (UESPI)

Résumé

O cinema é capaz de veicular sensações e reflexões cotidianas através do seu diversificado arcabouço técnico, podendo abordar diversos assuntos recorrentes socialmente, dentre os quais se pode destacar o tema do abandono. Partindo dessa temática, diretores como Karim Aïnouz produziram obras notáveis, sobretudo, no modo como expressam sentimentos capazes de despertar a identificação do público com os personagens. Levando em conta tais aspectos, este ensaio objetiva analisar os signos que possibilitam a elaboração do sentimento de aflição da personagem Violeta na cena da construção, no filme O Abismo prateado (2011), do cineasta cearense Karim Aïnouz. Nesse intuito, serão utilizados os pressupostos teóricos da Semiótica Moderna, com ênfase nos postulados de Charles Sanders Peirce para a elaboração das análises. Como metodologia para o desenvolvimento do trabalho, será aplicada a abordagem qualitativa, em relação ao problema, e descritiva, em relação ao objetivo. As problematizações efetivadas a partir das análises mostram como o diretor Aïnouz faz uso dos mais diversos signos para criar um ambiente de angústia e de não pertencimento da personagem principal, em decorrência do término de sua relação amorosa.

Bibliographies de l'auteur

Camila da Silva Sousa, Universidade Estadual do Piauí (UESPI)

Mestranda em Literatura pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e bolsista CAPES/FAPEPI – BRASIL.

Feliciano José Bezerra Filho, Universidade Estadual do Piauí (UESPI)

Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal do Piauí (1986), mestrado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005). Professor adjunto da Universidade Estadual do Piauí, na graduação e no mestrado acadêmico em Letras. Coordenador do Mestrado acadêmico em letras da UESPI

Références

MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Tradução: Lauro António; Maria Eduarda Colares. Lisboa Portugal. Dinalivro, 2005.

MORISAWA, Mariane. A canção “Olhos nos Olhos”, de Chico Buarque, vira filme de reconciliação. Gazeta do povo, Mai. 2011. Caderno G. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/caderno-g/a-cancao-olhos-nos-olhos-de-chico-buarque-vira-filme-de-reconciliacao-3y9phqbhd2p7ixtwsbsd7hv7y>. Acesso em: 13/07/18.

MUNSTERBERG, Hugo. As emoções. In: Xavier, Ismail (org.). A experiência do cinema: antologia. Rio de Janeiro: Edições Graal: Embrafilme, 1983. p. 46-54.

NARDIN, Ana Luísa et al. Caracterização e análise de O céu de Suely de Karim Aïnouz, como uma narrativa de viagem. Revista Universitária do Audiovisual - RUA, n° 72, maio. 2014. Disponível em: <http://www.rua.ufscar.br/caracterizacao-e-analise-de-o-ceu-de-suely-de-karim-ainouz-como-uma-narrativa-de-viagem/>. Acesso em: 20/01/19.

O ABISMO prateado. Direção: Karim Aïnouz, produção: Rodrigo Teixeira et al. Brasil: Vitrine filmes, 2011. (83min).

PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. Trad. José Teixeira Coelho Neto. 3. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.

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Publiée

2020-06-03

Numéro

Rubrique

Estudos Literários