UMA FUMA FILOSOFIA DO PESSIMISMO NAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBASILOSOFIA DO PESSIMISMO NAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS
DOI:
https://doi.org/10.30611/33n33id94059Palabras clave:
Machado de Assis,, niilismo, pessimismo, filosofiaResumen
O que motiva a presente investigação é a relação entre Machado de Assis, niilismo e pessimismo. O foco da pesquisa será o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, especialmente o episódio do delírio, no qual o memorialista encontra Pandora. Para levar a cabo esse objetivo, o trabalho será dividido em quatro seções, antecedidas de uma introdução e seguidas de considerações finais. Na primeira seção, apresentamos uma discussão e algumas definições do niilismo a partir de pensadores diversos. Apontar a origem e as características do niilismo é o objetivo da seção. Na seção seguinte serão discutidas algumas das aproximações que foram feitas entre a obra de Machado, o niilismo e o pessimismo. Na terceira seção, propomos uma consideração em conjunto entre o delírio de Brás Cubas e a obra de Giacomo Leopardi. Na quarta seção, apresentaremos o pessimismo cético machadiano a partir do debate entre Paulo Margutti e José Raimundo Maia Neto. A parte final do trabalho, Considerações Finais, discute os elementos elencados nas seções anteriores para realizar uma tentativa de compreensão da forma de pessimismo presente na visão de mundo machadiana, tendo como caso exemplar o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas.
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