LITERATURA E UNIVERSIDADE: CRISES, TENSÕES E COLISÕES
DOI:
https://doi.org/10.30611/33n33id94053Palabras clave:
Formação de professores, Precarização do trabalho, Pós-capitalismo, Crítica à Cultura InformacionalResumen
O presente ensaio coloca em evidência o “estatuto da literatura” e as questões relativas ao seu ensino na universidade. Para tanto, traça uma problematização sobre as condições materiais e ideológicas em que se dá o ensino de literatura em um curso de Licenciatura em Letras – Português e Inglês, fazendo uma revisão de dois textos seminais de Antonio Candido, “A literatura e a formação do homem” (1977) e “O direito à literatura” (1988) e as leituras que se construíram em torno deles, principalmente o recente estudo publicado por Paulo Caetano e Luiz Penido. Tal discussão dá-se mediante problematizações acerca do estatuto da universidade no século XXI, da precarização do trabalho e a sublimação do complexo internético e das TIC’s no contexto do “rumo a um mundo pós-capitalista”, de acordo com Jonathan Crary, e uma crítica à cultura informacional, partindo da discussão com Glaucia Dunley.
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