ABSCRIÇÃO. APONTAMENTOS SOBRE O CORPO INTERMINÁVEL, DE CLAUDIA LAGE
DOI:
https://doi.org/10.30611/33n33id94051Palabras clave:
Corpo, Memória, Ditadura, Narração, FotografiaResumen
Este ensaio procura introduzir o conceito de abscrição. Para isso faz uma análise estética materialista do romance brasileiro contemporâneo O corpo interminável, de Claudia Lage, publicado em 2019. Procura traçar a forma como a posição narrativa se apresenta dilacerada no romance. Bem como procura destacar que a posição discursiva da mulher ganha destaque na narrativa. E que as ideias de ausência, de falta e de desaparecimento são entendidas como constitutivas da trama narrativa. Procura apontar para a atualidade desse romance, focando nas articulações entre os temas da memória e da representação e seus limites, possibilidades e impossibilidades, e suas relações com a política e com a história brasileiras no século 20, sem deixar de lado as determinações coloniais aí implicadas. Procura também tratar da fotografia no corpo do romance, entendendo-a como um material estético que leva para mais fundo na ficção os seus problemas filosóficos. A forma de abordagem para a configuração das ideias deste ensaio é dialética e sua apresentação pretende articular os conteúdos históricos e filosóficos de forma poética.
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