A FUGACIDADE TEMPORAL EM LIÇÕES DE TEMPO, DE ROBERTO PONTES
Palavras-chave:
tempo, poesia, lições de tempoResumo
Este artigo é parte de nossa tese de doutorado, ainda em construção, e nosso objetivo será apresentar algumas reflexões acerca de “Tempo do fui”, a primeira parte da obra poética Lições de Tempo (2012), de Roberto Pontes. De imediato a estruturação tripartite geral da obra revelará a existência de uma concepção linear e unitária do tempo que atravessa todos os poemas e possibilita a instauração de um topos clássico, o tempus fugit ou tempo foge, relacionado à ideia de temporalidade como fluxo ininterrupto, em constante movimento e provocadora de mudanças inevitáveis. A constatação desta marca tópica será verificada a partir da análise de alguns elementos residuais, como os símbolos presentes em poemas da primeira parte do livro (flor, borboleta, ruga). Também procederemos ao cotejamento dos textos ponteanos com algumas ocorrências da tradição lírica ocidental, a exemplo de Gregório de Matos, Fernando Pessoa e Carlos Alberto Bessa. A seleção de tais poetas cumprirá o papel de demonstrar a existência do topos da fugacidade em diferentes épocas e estéticas, enfatizando a persistência de uma tradição universal residual à qual se filia a obra em análise. Por fim, para o embasamento da pesquisa, recorreremos às ideias de autores como Aristóteles (1995), Pedro Lyra (1995), Santo Agostinho (2002), Francisco Achcar (2015), Heidegger (2015) e Bergson (2020).
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