Sintomas neurológicos transitórios associados à raquianestesia - relato de caso

Autores

  • Maria Cecília Magalhães Instituto Dr José Frota, Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neuman.
  • Josenília Maria Alves Gomes Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Ana Virgínia Tomaz Portella Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)
  • Liane Carvalho de Brito Souza Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Marcos Castelo Magalhães Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2019v59n2p54-57

Palavras-chave:

Anestesia, Raquianestesia, Anestesia por condução

Resumo

Objetivos: apresentar um caso de sintomas neurológicos transitórios (SNT) de duração e apresentação pouco habitual em paciente submetida à apendicectomia sob raquianestesia. Relato de Caso: paciente feminina, 44 anos, submetida à raquianestesia para realização de apendicectomia. Referiu intensa sensação de choque no pé direito durante realização do bloqueio anestésico e evoluiu no pós-operatório imediato com quadro de dor, de moderada intensidade, de padrão neuropático em pé direito (dermátomo S1), além de disfunção esfincteriana. Realizou-se investigação com ressonância nuclear magnética de coluna lombar e eletroneuromiografia de membros inferiores, descartando-se etiologia infecciosa e vascular, sendo provável a causa de trauma durante a inserção da agulha de punção. O tratamento incluiu uso de antidepressivo tricíclico, corticoide e gabapentinoide com regressão completa da sintomatologia, porém lenta, num período de 3 meses. Conclusão: apesar do desfecho favorável na maioria dos casos de SNT, medidas de prevenção devem ser adotadas para evitar tal complicação neurológica, tais como técnica anestésica adequada, correto posicionamento na mesa cirúrgica, medidas para evitar hipotensão prolongada e isquemia neural.

Biografia do Autor

Maria Cecília Magalhães, Instituto Dr José Frota, Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neuman.

Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará, Residência Médica em Anestesiologia no Hospital Geral de Fortaleza, Residência Médica em Dor pelo Hospital Universitário Walter Cantídio.

Josenília Maria Alves Gomes, Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC)

Médica Anestesiologista. Título Superior em Anestesiologia. Título de Especialista em Dor pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Médica do Serviço de Terapia da Dor do Hospital Universitário Dr Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ceará, Brasil.

Ana Virgínia Tomaz Portella, Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)

Médica Anestesiologista. Título de Especialista em Dor pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Médica assistente do Serviço de Terapia da Dor do Hospital Universitário Dr Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ceará, Brasil.

Liane Carvalho de Brito Souza, Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC)

Médica Anestesiologista. Título de Especialista em Dor pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Médica assistente do Serviço de Terapia da Dor do Hospital Universitário Dr Walter Cantídio, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Ceará, Brasil.

Marcos Castelo Magalhães, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Acadêmico de Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC).

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Publicado

2019-06-19

Edição

Seção

RELATOS DE CASO