Complicações clínicas e obstétricas em pacientes com eclampsia com e sem recorrência de convulsões após tratamento com sulfato de magnésio
DOI:
https://doi.org/10.20513/2447-6595.2018v58n3p44-48Palavras-chave:
Sulfato de magnésio, Eclampsia, Recorrência, Gravidez de alto riscoResumo
Objetivo: determinar a prevalência de complicações clínicas e obstétricas em pacientes eclâmpticas com e sem recorrência de crises convulsivas após administração do sulfato de magnésio. Metodologia: através de um coorte retrospectivo, foram avaliados 69 casos de eclampsia atendidos na Maternidade Escola Assis Chateaubriand entre julho/2013 e julho/2016. Os testes x2 de associação e exato de Fisher foram utilizados para a comparação de variáveis. Resultados: seis pacientes apresentaram recorrência da eclampsia após sulfato de magnésio na admissão (8,7%), sendo administrado diazepam em uma, fenitoína em quatro e metade da dose de ataque do sulfato na última. Não houve diferença significativa, entre os grupos com ou sem a presença de recorrência, na idade (p 0,655), paridade (p 0,07) e hipertensão crônica associada (p 0,758). Também não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação à síndrome HELLP (hemólise, elevação de enzimas hepáticas e plaquetopenia) (33,3% x 20,6%, p 0,389), insuficiência respiratória (16,7% x 6,3%, p 0,832) e descolamento prematuro da placenta (0% x 6,3%, p 0,689). Conclusão: a recorrência de crise convulsiva (8,7%) foi similar à relatada na literatura mundial (9,7%). Não houve aumento de complicações clínicas e obstétricas nas pacientes com recorrência de eclampsia.
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