Complicações clínicas e obstétricas em pacientes com eclampsia com e sem recorrência de convulsões após tratamento com sulfato de magnésio

Autores

  • Fernanda de Macêdo Silva Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte http://orcid.org/0000-0002-7847-8317
  • Raimundo Homero de Carvalho Neto Maternidade Escola Assis Chateubriand (MEAC)
  • Francisco Edson de Lucena Feitosa Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2018v58n3p44-48

Palavras-chave:

Sulfato de magnésio, Eclampsia, Recorrência, Gravidez de alto risco

Resumo

Objetivo: determinar a prevalência de complicações clínicas e obstétricas em pacientes eclâmpticas com e sem recorrência de crises convulsivas após administração do sulfato de magnésio. Metodologia: através de um coorte retrospectivo, foram avaliados 69 casos de eclampsia atendidos na Maternidade Escola Assis Chateaubriand entre julho/2013 e julho/2016. Os testes x2 de associação e exato de Fisher foram utilizados para a comparação de variáveis. Resultados: seis pacientes apresentaram recorrência da eclampsia após sulfato de magnésio na admissão (8,7%), sendo administrado diazepam em uma, fenitoína em quatro e metade da dose de ataque do sulfato na última. Não houve diferença significativa, entre os grupos com ou sem a presença de recorrência, na idade (p 0,655), paridade (p 0,07) e hipertensão crônica associada (p 0,758). Também não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação à síndrome HELLP (hemólise, elevação de enzimas hepáticas e plaquetopenia) (33,3% x 20,6%, p 0,389), insuficiência respiratória (16,7% x 6,3%, p 0,832) e descolamento prematuro da placenta (0% x 6,3%, p 0,689). Conclusão: a recorrência de crise convulsiva (8,7%) foi similar à relatada na literatura mundial (9,7%). Não houve aumento de complicações clínicas e obstétricas nas pacientes com recorrência de eclampsia.

Biografia do Autor

Fernanda de Macêdo Silva, Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (2013). Médica Ginecologista Obstetra, Maternidade Escola Assis de Chanteaubriand (MEAC).

Raimundo Homero de Carvalho Neto, Maternidade Escola Assis Chateubriand (MEAC)

Médico Ginecologista e Obstetra, Coordenador do Centro Obstétrico e Emergência, Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC).

Francisco Edson de Lucena Feitosa, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutorado em Tocoginecologia, Médico Ginecologista e Obstetra, Professor Adjunto do Departamento de Saúde Materno-Infantil, Universidade Federal do Ceará (UFC).

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Publicado

2018-09-28

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS