Variabilidade espacial de macronutrientes em uma lavoura de café conilon no Norte do Espírito Santo
Palavras-chave:
Geoestatística. Atributos químicos. Coffea canephora.Resumo
Os solos do Estado do Espírito Santo apresentam baixa fertilidade natural, que frequentemente limita a
produção das lavouras devido às deficiências de alguns elementos. No entanto, os mesmos apresentam alto potencial
de produção agrícola quando são sanadas as limitações químicas presentes. Objetivou-se no presente estudo descrever
a variabilidade espacial dos macronutrientes cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P) e potássio (K) em uma lavoura
de café conilon (Coffea canephora Pierre) localizada na área rural do município de São Mateus, ES. O experimento foi
conduzido em uma lavoura, plantada com espaçamento 1,8 x 1,0 m (5.555 plantas ha-1). Foi considerada uma malha
quadrangular de 61,6 x 20,0 m (1.232 m2
) com 60 pontos de amostragem, distanciados de 5,6 m entrelinhas e 5,0 m na
linha de plantio. Em cada ponto da malha amostral foram coletadas amostras de solo, na profundidade de 0,0-0,20 m.
Todos os macronutrientes em estudo apresentaram dependência espacial forte. O maior alcance de dependência espacial
foi para o Mg (32,4 m) e o menor para o Ca (8,1 m). O estudo da variabilidade espacial dos atributos químicos do
solo pela geoestatística, utilizando a krigagem, mostrou-se uma importante ferramenta na compreensão da distribuição
espacial dos macronutrientes no solo, podendo ser fundamental no auxílio à tomada de decisão que vise atender a
exigência nutricional da lavoura do café conilon.