“Crônicas de Marias - “Escrevivências” que cuidam de mulheres”

Multiplicar para aquilombar

Autores

Palavras-chave:

Saúde da Mulher, Educação Permanente, Saúde Mental

Resumo

Introdução: Relatar a experiência de educação permanente para trabalhadores de saúde, a partir da metodologia construída “Crônicas de Marias - “escrevivências” que cuidam de mulheres” em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Método: Relato de experiência da capacitação de profissionais de uma UBS em São Paulo para execução do grupo “Crônicas de Marias”. Resultado: O processo de capacitação durou 5 encontros, possibilitando a execução do projeto na Atenção Primária, o compartilhamento de referencial teórico de mulheres pretas, transdisciplinaridade do cuidado. Conclusão: A implementação do Crônicas como ferramenta de cuidado torna-se estratégia de acolhimento, detecção de situações de violências, apoio entre pares, desestigmatização de ser o que se é, pertencimento, lugar de fala a partir da humanização do fazer profissional. A educação permanente deste projeto no SUS valoriza as tecnologias leves de cuidado, a transdisciplinaridade na saúde e o aquilombamento da prática profissional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karoline dos Santos Germano, UFPEL

Enfermeira, Especialista em Saúde Mental Coletiva e Mestre em Ciências.

Tatiana Natalino Vilches

 Terapeuta Ocupacional Especialista em Saúde Mental e Saúde da Família. Pós graduada em Gestão em Saúde Pública.

Juliana Aureana Leal Morgan, SUS

Terapeuta Ocupacional Especialista em Saúde Mental. Pós graduada em Dependência Química e Terapia Cognitivo Comportamental.

Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, Fio Cruz

Atua na área de saúde coletiva. Doutorado em Doenças Infecciosas e Parasitária pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2011) e mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2004). Pós Doutorado na Fiocruz Brasilia em Politicas Informadas por evidência (2020) e MBA em Avaliação de Tecnologias e economia da saúde pelo Hospital Alemão Osvaldo Cruz (2019). Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1995).

Kellen Cristina da Silva Gasque, Fio Cruz

Doutora em Ciências da Saúde. Pesquisadora em Saúde Pública. Fiocruz Brasília e Secretaria Executiva da UNA-SUS

Elisabeth Peres Biruel , PAHO

Professora/Bibliotecária/Designer Instrucional (Serviço Cooperativo de Informação) Employment

Referências

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O potencial das tecnologias da informação de uso frequente durante a pandemia. In: Kit de ferramentas de transformação digital. OPAS/EIH/IS/COVID-19/20-0021©. Washington, D.C.: Organização Pan-Americana da Saúde; 2020. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52023/FactsheetTICs_por.pdf?sequence=4&isAllowed=y (acessado em 26 de junho de 2023).

Campos GW de S. A mediação entre conhecimento e práticas sociais: a racionalidade da tecnologia leve, da práxis e da arte. Ciênc saúde coletiva [Internet]. 2011Jul;16(7):3033–40. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000800002

Brasil. Ministério da Educação (MEC). Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 08, de 20 de novembro de 2012. Parecer CNE/CEB nº 16 de 2012. Define diretrizes curriculares nacionais para educação escolar quilombola na educação básica. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 20 nov. 2012.

Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 set. 1990.

Brito EPPE; Santos A; Matos M. Pode um currículo aquilombar-se? Cad Pesqui [Internet]. 2020 abr;50(176):429–43. Disponível em: https://doi.org/10.1590/198053146924.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política para o SUS. 3ª ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde; 2017.

da Silva Dantas GC; Silva N; Antloga CSX. Mulheres, trabalho e educação: entre a dominação e o discurso democrático. Rev Estud Educ Divers-REED. 2021;2(5):1-21.

Crônicas de Maria: Crônicas de Marias escrevivências de mulheres que usam substâncias psicoativas na periferia de SP [Internet]. Disponível em: https://portal.conasems.org.br/brasil-aqui-tem-sus/experiencias/321_cronicas-de-marias-escrevivencias-de-mulheres-que-usam-substancias-psicoativas-na-periferia-de-sp.

Maia JLF. Saúde mental pública no Brasil: interfaces com a atenção básica à saúde. Cad Bras Saude Mental. 2020;12(33):01-15. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/68909/45165. Acesso em: 25 de fev. de 2021.

de Medeiros VS; Freire SSA. Tecnologias leves no cuidado na atenção psicossocial: Entendimento e uso por profissionais na rede de saúde do município de Corumbá-MS. Cad Bras Saúde Mental/Braz J Ment Health. 2021;13(34):01-14.

Evaristo C. "Escrevivência": Introdução à publicação da antologia literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. In: Literatura e Afrodescendência no Brasil: Antologia Crítica. 1ª ed. 2011. Editora: MINA Comunicação e Arte. Rio de Janeiro.

De Jesus CM; Moravia A. Quarto de despejo. 1ª ed. Minas Gerais: Livraria Francisco Alves; 1963.

Hooks B. Feminist theory: From margin to center. 2nd ed. London: Pluto Press; 2000.

Ribeiro D. Lugar de fala. Pólen Produção Editorial LTDA; 2019.

Ribeiro D. Pequeno manual antirracista. Edição padrão. São Paulo: Companhia das Letras; 6 de novembro de 2019.

Carneiro S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro; 2015.

Akotirene C. Interseccionalidade. Pólen Produção Editorial LTDA; 2019 Jul 10.

Devulsky, Alessandra. Colorismo. Editora Jandaíra, 2021.

Prado APC; Cardoso CL. Coordenação grupal em uma modalidade de cuidado: Grupo Comunitário de Saúde Mental. Psicol Estud [Internet]. 2020;25:e42129. Disponível em: https://doi.org/10.4025/psicolestud.v25i0.42129.

Pinheiro BC; Bittar CML. Práticas de educação popular em saúde na atenção primária: uma revisão integrativa. Cinergis. 2016;18(1):77-82.

Freire P. Pedagogia do oprimido. Editora Paz e Terra; 1971.

Pedrosa JIS. La Política Nacional de Educación Popular en Salud en debate: (re)conociendo saberes y luchas para la producción de la Salud Colectiva. Interface-Comunicação, Saúde, Educação. 2020;25.

Ministério da Saúde do Brasil. Portaria nº 2.761, de 19 de novembro de 2013. Institui a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2761_19_11_2013.html. Acesso em: 11 de junho de 2023.

Lopes LMV; Garcia TFM; Macedo HTS. O uso da “Tenda do Conto” como estratégia de educação popular para o cuidado à saúde da pessoa idosa na atenção básica. Início. Arquivos. 2019;5(3). Disponível em: https://doi.org/10.18310/2446-4813.2019v5n3p255-263. Acesso em: Acesso em: 26 de junho de 2023.

Breton H; Alves CA. A narração da experiência vivida face ao "problema difícil" da experiência: entre memória passiva e historicidade. Revista Práxis Educacional. 2021;17(44):1-14. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/8013/5526.

Kastrup V. A cognição contemporânea e a aprendizagem inventiva. In: Kastrup V; Tedesco S; Passos E. Políticas da cognição. Porto Alegre: Sulina; 2008. p. 93-112.

Ausubel DP. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes; 1982.

Evaristo C. Becos da memória. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Pallas; 2017.

Evaristo C. Insubmissas lágrimas de mulheres. Belo Horizonte: Nandyala; 2011.

Evaristo C. Poemas da recordação e outros movimentos. Belo Horizonte: Nandyala; 2008.

Evaristo C. Olhos d'água. Rio de Janeiro: Pallas/FBN; 2014.

Oliveira R. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. Letramento; 2019.

Downloads

Publicado

2024-09-13