Levantamento de necessidades de educação permanente em saúde:

dados preliminares a partir dos planos estaduais

Autores

Palavras-chave:

Educação Permanente, Qualificação Profissional em Saúde, Sistema Único de Saúde

Resumo

Introdução: A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) assume papel estratégico na gestão de saúde dos estados, os quais possuem necessidades diferentes. O objetivo dessa pesquisa é compreender, através de estatística textual, o conteúdo presente nos Planos Estaduais de Educação Permanente em Saúde (PEEPS), apresentando a forma como os estados planejaram suas ações quadrienais.  Métodos: Trata-se de uma análise lexicográfica de estatística textual (IRaMuTeQ v.0.7/alpha2) de dos PEEPS das 27 unidades da federação. Resultados e discussão: Na Classificação Hierárquica Descendente, o conteúdo foi categorizado em quatro classes. Na Análise de Similitude, quatro palavras se destacam nos discursos: “Saúde; “Oficina”; “Ação” e “Processo”. Na nuvem de palavras as palavras mais evocadas foram: “Saúde” (f=378), “EPS” (f=174), “Ação” (f=155), “Processo” (f=140), “Oficina” (f=124), “Trabalho” (f=106). Os achados indicam despadronização de conteúdo entre os PEEPS, em razão da ausência de diretrizes para sua construção. Propõe-se um guia em três passos para direcionar a condução dos Planos e o desenvolvimento de ações de monitoramento e avaliação. Conclusão: Sugere-se que haja normatização do conteúdo dos Planos Estaduais através de diretrizes para sua construção e execução das tarefas, para maior interlocução entre gestores e profissionais de saúde no âmbito das esferas estaduais e regionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Josué Miguel de Oliveira, Secretaria Executiva da UNA-SUS

Mestrando em Odontologia (UnB). Secretaria Executiva da UNA-SUS.

Jonatas Reis Bessa, Secretaria Executiva da UNA-SUS

Doutor em Psicologia (UFBA). Secretaria Executiva da UNA-SUS.

Isabela Cardoso de Matos Pinto, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Doutora em Administração (UFBA). Universidade Federal da Bahia.

Sábado Nicolau Girardi, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Especialista em Saúde Internacional (OPAS). Universidade Federal de Minas Gerais.

Francisco Eduardo de Campos, Secretaria Executiva da UNA-SUS

Doutor em Saúde Pública (Fiocruz). Secretaria Executiva da UNA-SUS.

Kellen Cristina da Silva Gasque, Secretaria Executiva da UNA-SUS

Doutora em Odontologia (USP). Secretaria Executiva da UNA-SUS.

Referências

1. Brasil. Portaria no 198/GM de 13 de fevereiro de 2004. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.
2. Silva LAA, Soder RM, Petry L, Oliveira IC., c,. Rev Gaucha Enferm [Internet]. 2017;38(1).
3. Figueiredo EBL, Silva APA, Abrahão AL, Cordeiro BC, Fonseca IA, Gouvêa MV. The Pororoca effect on permanent education in health: about the interaction research-work. Rev Bras Enferm. 2018;71:1768–73.
4. Müller N, Hortelan MPSM, Gentil DF, Calças IRR, Reis CB, Machado AAV. Planejamento estratégico em saúde e educação permanente em saúde: embasamentos para mudanças no perfil assistencial. Brazilian Journal of Health Review. 2021;4(1):475–84.
5. Silva RRD, Santos TS, Ramos WT, Barreiro MSC, Mendes RB, Freitas CKAC. Desafios da educação permanente na atenção primária à saúde: uma revisão integrativa. Saúde Coletiva (Barueri) [Internet]. 2021 Jun 4;11(65):6324–33.
6. Silva LAA, Soder RM, Petry L, Oliveira IC. Educação permanente em saúde na atenção básica: percepção dos gestores municipais de saúde. Rev Gaucha Enferm [Internet]. 2017;38(1).
7. Ceccim RB, Silva SMNB, Benício LFS, Macedo KPS, Castro Neto CS, Mesquita KO, et al. Plano Estadual de Educação Permanente em Saúde: um como fazer com base no Nordeste Brasileiro. SANARE - Revista de Políticas Públicas [Internet]. 2021 Jul 2;20(1).
8. Brasil. Portaria n° 3.194 de 28 de novembro de 2017. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.
9. Peixoto S, Gonçalves C, Costa D, Melo CM, Cavalcanti D, Carla A, et al. Educação permanente, continuada e em serviço: desvendando seus conceitos. Enfermería Global [Internet]. 2013;324–40.
10. Ceccim RB. Educação Permanente em Saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 2005;9(16):161–8.
11. Barcellos RMS, Melo LM, Carneiro LA, Souza AC, Lima DM, Rassi LT. Educação permanente em saúde: práticas desenvolvidas nos municípios do estado de Goiás. Trabalho, Educação e Saúde. 2020;18(2).
12. Almeida JRS, Bizerril DO, Saldanha KGH, Almeida MEL de. Educação Permanente em Saúde: uma estratégia para refletir sobre o processo de trabalho. Revista da ABENO. 2016;16(2):7–15.
13. Merhy EE. O desafio que a educação permanente tem em si: a pedagogia da implicação. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 2005;9(16):172–4.
14. Almeida JRS, Bizerril DO, Saldanha KGH, Almeida MEL. Educação Permanente em Saúde: uma estratégia para refletir sobre o processo de trabalho. Revista da ABENO. 2016;16(2):7–15.
15. Stroschein KA, Zocche DAA. Educação permanente nos serviços de saúde: um estudo sobre as experiências realizadas no Brasil. Trabalho, Educação e Saúde. 2011;9(3):505–19.
16. Almeida TMC, Santos RMM, Sampaio DMN, Vilela ABA. Planejamento e desenvolvimento de ações de Educação Permanente em Saúde na perspectiva do PMAQ-AB. Saúde em Debate. 2019;43(spe1):77–85.
17. Carvalho ER, Pauletti LHT. A Educação Permanente em Saúde como ferramenta de integração dos novos profissionais na Atenção Básica. Brazilian Journal of Development. 2021 Sep 9;7(9).
18. Lemos CLS. Educação permanente em saúde no Brasil: Educação ou gerenciamento permanente? Ciencia e Saude Coletiva. 2016;21(3):913–22.
19. Moreira KS, Lima CA, Vieira MA, Costa SM. Educação permanente e qualificação profissional para atenção básica. Revista Saúde e Pesquisa [Internet]. 2017;10(1):101–9.
20. Guizardi FL, Dutra ED, Passos MFD. Em Mar Aberto: Perspectivas e desafios para o uso de tecnologias digitais na Educação Permanente em Saúde. 1st ed. Vol. 2. Porto Alegre: Editora Rede Unida; 2021. 1–388 p.
21. Chaves MMN, dos Santos APR, dos Santosa NP, Larocca LM. Use of the Software IRAMUTEQ in Qualitative Research: An Experience Report. Computer Supported Qualitative Research. 2016 Jul 16;39–48.
22. Domijan M, Kirkilionis M. Graph theory and qualitative analysis of reaction networks. Networks & Heterogeneous Media. 2008;3(2):295–322.
23. Verdinelli S, Scagnoli NI. Data Display in Qualitative Research. International Journal of Qualitative Methods [Internet]. 2013 Feb;12(1):359–81.

Downloads

Publicado

2023-03-30