O apego está na relação? Revisão sobre a sensibilidade materna no Brasil / Is the attachment in the relationship? Review on maternal sensitivity in Brazil
DOI:
https://doi.org/10.36517/revpsiufc.13.1.2022.9Palavras-chave:
Sensibilidade materna; Desenvolvimento infantil; Saúde materna; Comportamento materno; Vulnerabilidade socialResumo
Esta revisão integrativa de literatura visa mapear artigos brasileiros a partir do referencial da sensibilidade materna, por meio de busca nas bases de dados do Portal CAPES, de modo mais específico, na BVS Brasil e SciELO, realizada em 2019, e atualizada no primeiro semestre de 2020, utilizando os descritores “sensibilidade materna”, “maternal sensitivity and brazil” e “sensibilidade materna and vulnerabilidade”. Os critérios de inclusão foram artigos empíricos realizados no Brasil, publicados nos últimos 10 anos (2010-2020) em português, com acesso irrestrito em texto completo. Encontrou-se 685 referências e somente 14 estudos foram analisados na íntegra por atenderem aos critérios estabelecidos nesta pesquisa. Percebe-se que alguns fatores impactam negativamente na sensibilidade materna, como a vivência em situação de vulnerabilidade socioeconômica; a saúde mental da mãe e a fragilidade da rede de suporte. Evidencia-se escassez de produções brasileiras sobre essa temática e de pesquisas interventivas com a díade mãe-bebê, demonstrando a relevância deste trabalho.
Downloads
Referências
Ainsworth, M. D. S. (1969). Maternal sensitivity scales: The Baltimore Longitudinal Project. Power, 6, 1379-1388. Recuperado de: <http://www.psychology.sunysb.edu/attachment/pdf/mda_sens_coop.pdf>.
Alvarenga, P., Cerezo, M. A., Wiese, E., & Piccinini, C. A. (2019). Effects of a short video feedback intervention on enhancing maternal sensitivity and infant development in low-income families. Attachment & Human Development, 1-21. doi:<https://doi.org/10.1080/14616734.2019.1602660>.
Alvarenga, P., Dazzani, M. V. M., Alfaya, C. A. S., Lordelo, E. R., & Piccinini, C. A. (2012). Relações entre a saúde mental da gestante e o apego materno-fetal. Estudos de Psicologia, 17(3), 477-484. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-294X2012000300017
Alvarenga, P., Machado, S. C. B., & Lins, T. C. S. (2014). O impacto da responsividade materna aos oito meses da criança sobre as práticas de socialização maternas aos 18 meses. Estudos de Psicologia, 19(4), 305-314. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-294X2014000400008.
Black, M. M., Walker, S. P., Fernald, L. C. H., Andersen, C. T., Digirolamo, A. M., Lu, C., … & Grantham-McGregor, S. (2017). Early childhood development coming of age: science through the life course. The Lancet, 389(10064), 77-90. doi: <https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)31389-7>.
Bowlby, J. (1989). Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. (S. M. Barros, Trad.). Porto Alegre: Artes médicas.
Bowlby, J. (2002). Apego e perda: a natureza do vínculo. (3ª ed., A. Cabral, Trad.). São Paulo: Martins fontes. (Texto original publicado em 1984).
Bowlby, J. (2006). Formação e rompimento dos laços efetivos. (4ª ed. A. Cabral, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Texto original publicado em 1982).
Bowlby, J. (2020). Cuidados Maternos e Saúde Mental. (6ª ed., V. L. B. Souza & I. Rizzini). São Paulo: Martins Fontes. (Texto original publicado em 1981).
Carbonell, O. A. (2013). La sensibilidad del cuidador y su importancia para promover un cuidado de calidad en la primera infancia. Ciências Psicológicas, 7(2), 201-207. Recuperado de: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5044281.
Cassiano, R. G. M., & Linhares, M. B. M. (2015). Temperamento, prematuridade e comportamento interativo mãe-criança. Psicologia: Reflexão & Crítica, 28(2), 416-424. doi:https://doi.org/10.1590/1678-7153.201528222
Cavalcante, M. C. V., Filho, F. L., França, A. K. T. C., & Lamy, Z. C. (2017). Relação mãe-filho e fatores associados: análise hierarquizada de base populacional em uma capital do Brasil-Estudo BRISA. Ciência & Saúde Coletiva, 22(5), 1683-1693. doi:https://doi.org/10.1590/1413-81232017225.21722015
Cruz, D. S. M., Collet, N., Andrade, E. M. C., Nóbrega, V. M., & Nóbrega, M. M. L. (2017). Vivências de mães de crianças diabéticas. Esc. Anna Nery, 21(1). Recuperado de:<https://www.scielo.br/pdf/ean/v21n1/1414-8145-ean-21-01-e20170002.pdf>.
Cyr, C., Dubois-Comtois, K., Michel, G., Poulin, C., Pascuzzo, K., Losier, V., … & Moss, E. (2012). Attachment Theory in the Assessment and Promotion of Parental Competency in Child Protection Cases. IntechOpen, 63-86. Recuperado de:<https://www.intechopen.com/books/child-abuse-and-neglect-a-multidimensional-approach/attachment-theory-in-the-assessment-and-promotion-of-parental-competency-in-child-protection-cases>.
Dalbem, J. X., & Dell’aglio, D. D. (2005). Teoria do apego: bases conceituais e desenvolvimento dos modelos internos de funcionamento. Arq. Brasilei. de Psicologia, 57(1), 12-24. Recuperado de: <https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=229017444003>.
Engle, P. L., Black, M. M., Behrman, J. R., Mello, M. C., Gertler, P. J., Kapiriri, L., … & Young, M. E. (2007). Strategies to avoid the loss of developmental potential in more than 200 million children in the developing world. The Lancet, 369(9557), 229-242. doi:https://doi.org/10.1016/S0140-6736(07)60112-3
Esteves, C. M, Anton, M. C., & Piccinini, C. A. (2011). Indicadores da preocupação materna primária na gestação de mães que tiveram parto pré-termo. Psicologia Clínica, 23(2), 75-99. Recuperado de: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pc/v23n2/06v23n2.pdf>.
Figueiredo, A. M., Mateus, V., Osório, A., & Martins, C. (2014). A contribuição da sensibilidade materna e paterna para o desenvolvimento cognitivo de crianças em idade pré-escolar. Análise Psicológica, 32(2), 231-242. doi:https://doi.org/10.14417/ap.842.
Fonseca, V. R. J. R. M., Silva, G. A., & Otta, E. (2010). Relação entre depressão pós-parto e disponibilidade emocional materna. Cad. Saúde Pública, 26(4), 738-746. Recuperado de: <https://www.scielo.br/pdf/csp/v26n4/16.pdf>.
Frota, M. A., Bezerra, J. A., Férrer, M. L. S., Martins, M. C., & Silveira, V. G. (2011). Percepção materna em relação ao cuidado e desenvolvimento infantil, Revista Brasi. Promo. Saúde, 24(3), 245-250. Recuperado de: <https://www.redalyc.org/pdf/408/40820076009.pdf>.
Fundo de Populações das Nações Unidas (2018). O Poder de escolha: direitos reprodutivos e a transição demográfica. Recuperado de: <https://brazil.unfpa.org/sites/default/files/pub-pdf/SWOP_2018.pdf>.
Grantham-McGregor, S., Cheung, Y. B., Cueto, S., Glewwe, P., Richter, L., & Strupp, B. (2007). Developmental potential in the first 5 years for children in developing countries. The Lancet, 369(9555), 60-70. doi:https://doi.org/10.1016/S0140-6736(07)60032-4
Hassan, B. K; Werneck, G. L. & Hasselmann, M. H. (2016). Saúde mental materna e estado nutricional de lactentes com seis meses de idade. Rev. Saúde Pública, 50(7), 1-9. Recuperado de: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50/pt_0034-8910-rsp-S1518-87872016050006237.pdf>
Nunes, L. L., & Aquino, F. S. B. (2014). Habilidade de comunicação intencional de bebês: o que pensam as mães? Psicologia: Teoria e Pesquisa, 30(4), 363-372. Recuperado de:<https://www.scielo.br/pdf/ptp/v30n4/v30n4a01.pdf>.
Perosa, G. B., Carvalhaes, M. A. B. L., Benício, & M. H. D., Silveira, F. C P. (2011). Estratégias alimentares de mães de crianças desnutridas e eutróficas: estudo qualitativo mediante observação gravada em vídeo. Ciência & Saúde Coletiva, 16(11), 4455-4464. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011001200018
Pessôa, L. F., & Moura, M, L, S. (2011). Fala Materna Dirigida à Criança em Cenários Comunicativos Específicos: Um Estudo Longitudinal, Psic: Teor. e Pesq., 27(4), 439-447. Recuperado de: <https://www.scielo.br/pdf/ptp/v27n4/07.pdf>.
Ribeiro, D. G., Perosa, G. B., & Padovani, F. H. P. (2014). Fatores de risco para o desenvolvimento de crianças atendidas em Unidades de Saúde da Família, ao final do primeiro ano de vida: aspectos sociodemográficos e de saúde mental materna. Ciência & Saúde Coletiva, 19(1), 215-226. doi: <https://doi.org/10.1590/1413-81232014191.1904>.
Rodrigues, O. M. P. R., & Nogueira, S. C. (2016). Práticas Educativas e Indicadores de Ansiedade, Depressão e Estresse Maternos. Psicologia: Teor. e Pesquisa, 32(1), 35-44. doi:https://doi.org/10.1590/0102-37722016012293035044
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2), v-vi. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001
Saldan, P. C., Demario, R. L., Brecailo, M. K., Ferriani, M. G. C., & Mello, D. F. (2015). Interação nos momentos da alimentação entre mães e crianças desnutridas menores de dois anos. Ciência & Saúde Coletiva, 20(1), 65-74. Doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232014201.21302013
Santelices, M. P., Farkas, C., Montoya, M. F., Galleguillos, F., Carvacho, C., Fernández, A., … & Himmel, E. (2015). Factores predictivos de sensibilidad materna en infancia temprana. Psicoperspectivas, 14(1), 66-76. Recuperado de: <https://scielo.conicyt.cl/pdf/psicop/v14n1/art07.pdf>.
Silva, M. R. S. (2003). A construção de uma trajetória resiliente durante as primeiras etapas do desenvolvimento da criança: o papel da sensibilidade materna e do suporte social (Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Recuperado de:<https://core.ac.uk/download/pdf/30365843.pdf>.
Silva, S. S. C., Pendu, Y. L., Pontes, F. A. R., & Dubois, M. (2002). Sensibilidade materna durante o banho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 18(3), 345-352. Acesso em 09 jul 2020, doi: https://doi.org/10.1590/S0102-37722002000300015
Scott, R. P., Lira, L. C., Matos, S. S., Souza, F. M., Silva, A. C. R., & Quadros, M. T. (2018). Itinerários terapêuticos, cuidados e atendimento na construção de ideias sobre maternidade e infância no contexto da Zika. Interface (Botucatu), 22(66), 673-684. doi:https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0425
Souza, M. T., Silva, M. D., & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), 8(1), 102-106. doi: https://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134
Walker, S. P., Wachs, T. D., Gardner, J. M., Lozoff, B., Wasserman, G. A., Pollitt, E., … & Carter, J. A. (2007). Child development: risk factors for adverse outcomes in developing countries. The Lancet, 369(9556), 145-157. Recuperado de: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17223478/.