A coragem de ser músico: prazer e sofrimento no trabalho em orquestras sinfônicas
Palavras-chave:
Saúde mental, trabalho, orquestra sinfônica, sofrimento psíquico, prazer.Resumo
Este artigo analisa o que músicos da Orquestra Sinfônica da Amazônia de uma cidade da região norte do Brasil dizem em relação ao seu trabalho, verificando possíveis aspectos produtores de prazer e sofrimento psíquico. Foram feitas entrevistas individuais e coletivas com nove músicos. Utilizou-se uma análise qualitativa com a técnica específica de pesquisa e intervenção da Psicodinâmica do Trabalho. O trabalho destes músicos produz prazer por meio de seu grande poder de sublimação, no entanto, é fonte de sofrimento na medida em que possui uma organização rígida e precárias condições de trabalho.
Downloads
Referências
Canguilhem, G. (2016). Meio e normas do homem no trabalho. Pro-Posições, 12(2-3), 109-121. Recuperado de http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643999
Costa, C. P. (2007). Contribuições da ergonomia à saúde do músico: considerações sobre a dimensão física do fazer musical. Revista Música Hodie, 5(2). 53-63.
Dejours, C. (2004). Addendum: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. In: S. Lancman & L. Sznelwar. (Orgs.). Christophe Dejours: Da Psicopatologia À Psicodinâmica do Trabalho. (pp. 47-104). Rio de Janeiro: Fiocruz.
Dejours, C. (2009a). A loucura do trabalho: Estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez-Oboré.
Dejours, C. (2009b). Psicodinâmica do Trabalho: contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas.
Dejours C, Abdoucheli, E. (2009). Itinerário teórico em psicopatologia do trabalho. In C. Dejours, E Abdoucheli & C. Jayet. (Orgs.). Psicodinâmica do trabalho: contribuição da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. (pp. 119-145) São Paulo: Atlas.
Dejours, C. & Gernet, I. (2012). Psychopathologie du travail. Paris: Masson.
Denzin, N. & Lincoln, Y. (2006). A disciplina e a prática da pesquisa da pesquisa qualitativa. In N., Denzin & Y., Lincoln (Orgs,). O Planejamento da Pesquisa Qualitativa: teorias e abordagens (pp. 15-41). Porto Alegre: Artmed Bookman.
Freud, S. (2010). O mal-estar na cultura. São Paulo: L&PM Pocket (Trabalho original publicado em 1930).
Laplanche, J. & Pontalis, J. (1986) Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.
Mendes, A. M (2007). Psicodinâmica do trabalho: teoria, método e pesquisas. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Oliveira, C. F. C. & Vezzá, F. M. G. (2010). A saúde dos músicos: dor na prática profissional de músicos de orquestra no ABCD paulista. Rev. bras. saúde ocup.; 35(121): 33-40.
Pichoneri, D. F. M. (2011). Relações de trabalho em música: o contraponto da harmonia. Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Estadual de Campinas.
Seligmann-Silva, E. (2011). Trabalho e desgaste mental: o direito de ser dono de si mesmo. São Paulo: Cortez.
Souza, S. & Borges, L.O. (2010) A profissão de músico conforme apresentada em jornais paraibanos. Psicol. Soc. 22(1): 157-168.
Trelha, C. S., de Carvalho, R. P., Franco, S. S., Nakaoski, T., Broza, T. P., de Lorena Fábio, T., & Abelha, T. Z. (2004). Arte e saúde: frequência de sintomas músculo-esqueléticos em músicos da orquestra sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. Semina: ciências biológicas e da saúde, 25(1), 65-72.