Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 5, n. especial, mar. 2020 | ISSN 2525-3468
equivocadas sobre a qualidade nutricional de alimentos ultraprocessados. Tais técnicas
tornaram-se preponderantes, especialmente no que se refere a alimentos de baixo valor
nutricional, como os alimentos ultraprocessados. Esses alimentos passaram a contar com uma
poderosa comunicação visual objetivando difundir conceitos positivos e um marketing massivo
que os incorporou a nova forma “festiva” de se alimentar ou “eatertainment”, observada também
em alimentos voltados para o público infantil.
Com o uso desses métodos, esses alimentos passaram a determinar suas características
positivas em destaque, em detrimento de outras não favoráveis, e o mercado alimentar, com o
uso de mascotes e outros recursos do design, possibilitou que os ultraprocessados passassem a
ter suas qualidades nutricionais confundidas ou entremeadas com a qualidade visual atribuída.
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