Aceitação do uso de cicloergômetro e seus efeitos cardiorrespiratórios em idosos em estado crítico
Palavras-chave:
Unidades de Terapia Intensiva, Terapia por Exercício, Reabilitação.Resumo
Introdução: Idosos em estado crítico tendem a apresentar complicações de saúde e dificuldades para recuperação devido ao tratamento e período de acamamento. Assim novas estratégias devem ser exploradas com intuito de otimizar a recuperação desta população. Objetivo: Verificar a aceitação da estratégia de tratamento bem como as alterações cardiorrespiratórias após uso de cicloergômetro para membros inferiores (MMII) em idosos em estado crítico. Métodos: Participaram do estudo nove homens e duas mulheres idosas (73,9±9,11 anos)em estado crítico. Foi mensurada a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2), volume corrente (VC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) antes e após o término de uma única sessão de exercício no cicloergômetro para MMII e também foi verificado o índice de satisfação. O protocolo foi composto por 10 minutos contínuos de movimentos cíclicos e dinâmicos de MMII. Os pacientes foram orientados a pedalar o mais rápido possível até o final da sessão. Resultados: A desistência foi registrada em alguns participantes (n=5),sendo que a fadiga muscular foi a principal queixa. Entretanto todos se satisfizeram com a intervenção. Após a sessão de exercício no cicloergômetro houve aumento de 2,58% na PAS, 2,66% na FC, 7,92% na FRe 12,61 no VC. Conclusão: A sessão de 10 minutos de exercício no cicloergômetro para MMII induziu alterações cardiorrespiratórias não comprometedoras para integridade do paciente idoso crítico e teve boa aceitação para utilização na reabilitação. Assim, o uso de cicloergômetro parece ser viável como estratégia adjuvante na recuperação dessa população.