MEMÓRIAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS NO MUSEU DE ARTE DA UFC (MAUC): REFLETIR E SISTEMATIZAR PARA INOVAR
Resumo
Como enfrentar a crise da sensibilidade do corpo colonizado para a fruição da experiência estética criadora? O corpo contemporâneo é atingido por uma crise da sensibilidade que afeta os modos de produção de vida. Um problema de estética, mas também de política que atenta para a forma como percebemos e sentimos o mundo. A partir do retorno das atividades presenciais no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc), o Núcleo Educativo precisou reinventar e inovar suas práticas para receber o público em um período pós-pandemia. É nítido perceber uma série de sintomas que o corpo vem acumulando, a hiper-ação do contemporâneo exige uma produção imediata de atividades cotidianamente. Isso gera ansiedade, depressão, apatia, desatenção, esquecimento, bloqueio criativo, entre outros, trazendo um estado de esgotamento. Afinal, como criar novos modos de sentir com um corpo em crise? Esse projeto parte de uma cartografia de práticas educativas, diagnosticando os corpos apáticos e desatentos para criar possibilidades éticas, estéticas e políticas de mediação. Percebemos, durante o processo, que a partir de questões disparadoras, relacionando as obras e o cotidiano, bem como dinâmicas que façam um convite à atenção, os visitantes das exposições puderam tecer relações mais potentes durante a experiência estética. A partir dessa observação, da memória das práticas do Núcleo Educativo e da necessidade de sistematização de seu planejamento, pretendemos consolidar o Programa Educativo-Cultural (PEC) da instituição, um documento orientador das ações educativas desenvolvidas, perpassando os anos de pandemia até o retorno presencial no intuito de compartilhar experiências e possibilitar uma sistematização da educação museal no Mauc, com ressonâncias no campo museal do Ceará.Publicado
2022-01-01
Edição
Seção
III Encontro de Empreendedorismo e Inovação
Licença
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