FORMAÇÃO DOCENTE: UM CAMPO DE DISPUTA E DE CONTROLE?
Resumo
O trabalho tem por objetivo analisar a implementação da política educacional de formação docente, a qual atualmente sob a influência dos Organismos Multilaterais e, consequentemente, dos seus braços de extensão. A saber, as agências e fundações educacionais, que no Brasil, reverberam na reestruturação da formação, ao se instituir a Base Nacional Comum para a Formação dos Professores da Educação Básica (BNC-Formação), alinhada aos objetivos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A investigação está fundamentada no Materialismo Histórico Dialético, lançando mão de uma revisão de literatura com o seguinte aporte teórico: Dourado (2016), Evangelista (2020), Laval (2004), Freitas (2018), Mészáros (2008), Tonet (2014) e Antunes (2017), e uma análise documental, Lei nº 9.394/96, Resolução CNE/CP nº2/ 2019 e a Resolução CNE/CP nº 2/2017, para assim, buscar desvelar as manifestações e interesses atravessados na implantação de políticas de formação de professores. Nesse contexto, tem-se como questão central: Quais os reais propósitos dos aparelhos privados na proposição e condução das políticas educacionais destinadas a formação docente? Como resultado preliminar tem-se que as políticas educacionais, orquestradas pelos dogmas do neoliberalismo – através de uma coalizão de interesses empresariais – interferem diretamente na escola e na formação dos sujeitos, incutindo as vicissitudes do modo de produção capitalista, adensando o domínio e imponência do sistema capital. Ademais, com a pretensão de responder ao problema e confirmar/negar as considerações preliminares, pretende-se analisar os impactos ocasionados pela coalizão de interesses dos aparelhos privados de hegemonia, através do desenvolvimento e condução de políticas educacionais, como forma de controlar e encapsular a formação docente no Brasil.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XIII Encontro de Docência no Ensino Superior
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