ARTE PARA TODOS OS CORPOS

Autores

  • Eloiza Ferreira Pinto
  • Tatiana Passos Zylberberg

Resumo

Quando pensamos em arte, quase que automaticamente relacionamos a algo que pode ser agradável ao nossos olhos e muitas vezes reiteramos padrões de beleza inatingíveis e impossíveis para a grande esmagadora maioria das pessoas. No ballet clássico, a cultura de adoração à magreza é muito antiga e continua a se perpetuar até os dias de hoje, muitas vezes fazendo com que pessoas gordas não se sintam confortáveis em ocupar determinados espaços, como, por exemplo, o ato de estar presente em diversas práticas corporais, entre elas a Dança. No ballet clássico, entretanto, esse desconforto não apenas em corpos necessariamente gordos, mas em todo corpo que foge do padrão de magreza "exigido". Tal comportamento foi relatado em diversos estudos com foco no transtorno de imagem e transtorno alimentar em bailarinos, o que demonstra que o assunto precisa, urgentemente, ser visto com um outro olhar e menos normalizado entre as pessoas que perpetuam as práticas do ballet clássico em todo o mundo. Para reverter essa situação, é preciso, antes de qualquer coisa, conscientizar aqueles que trabalham com a arte da dança e o primeiro passo para que isso aconteça é reiterando, até mesmo dentro de espaços acadêmicos, a importância de não excluir, menosprezar, julgar ou fazer comentários negativos por conta do corpo de alguém. A arte, apesar de na prática ainda não oferecer um acesso tão fácil a todos aqueles que querem, é para todos. Esta é uma premissa da Escola de Ballet do IEFES, que durante a pandemia realizou lives no Instagram com esta temática para fomentar diálogo e escuta, para ampliar as possibilidades de ballet para todos os corpos.

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

VII Encontro de Cultura Artística Online