DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULA E MACROEMULSÃO A BASE DE ÓLEOS VEGETAIS DE ALECRIM-PIMENTA (LIPPIA SIDOIDES) E PEQUI (CARYOCAR CORIACEUM) PARA O TRATAMENTO DA DERMATITE

Autores

  • Ian Costa Ovider
  • Rafaela Gomes Bezerra
  • Talysson Silva de Almeida
  • Emmanuel Vinícius Oliveira Araújo
  • Luzia Kalyne Almeida Moreira Leal

Resumo

Estudos realizados pela equipe do Centro de Estudos Farmacêuticos e Cosméticos -UFC, envolvendo espécies vegetais regionais (Sertão Central e Cariri), como Alecrim-pimenta (Lippia sidoides) e Pequi (Caryocar coriaceum) mostraram o potencial desses para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos anti-inflamatórios e antimicrobiano (Patente depositada/2015: INPI-BR1020150087322). Prosseguindo os estudos, o objetivo do presente projeto foi desenvolver e caracterizar nanocápsula e macroemulsão a partir dos óleos essencial de alecrim-pimenta ou fixo de pequi (OFCC) e avaliar a ação farmacológica em modelo de dermatite em camundongos. As nanocápsulas de óleo essencial de Lippia sidoides (NOELS) foram produzidas por nanoprecipitação e as macroemulsões de OFCC por emulsificação espontânea, sendo então caracterizadas físico-quimicamente. A NOELS apresentou propriedades físico-químicas ideais, como tamanho de partícula (176,8±1,21 µm), índice de polidispersão (0,178±0,01) e potencial zeta (+44 mV) assim como as emulsões de OFCC (CP) e OFCC+Timol (CPT) (monoterpeno, ativo do OELS), que mostraram-se estáveis, com coloração, viscosidade e odor característicos e pH próximo ao da pele (5,8). A administração tópica das macroemulsões de pequi, promoveu redução significativa do edema (Controle: 0,006±0,003mm; CP: 0,06 ± 0,010 e CTP: 0,04 ± 0,008) e dos níveis de MPO (Controle: Abs.: 0,21±0,05; CP: 0,17±0,05 e CTP: 0,20±0,05) em modelo de dermatite induzido por TPA (2,5μl/orelha) em camundongos, com efeito comparável à dexametasona (corticoide). A formulação, caracterização e comprovação dos efeitos anti-inflamatório do fitoterápico a base de pequi (creme) cria a perspectiva de novo medicamento mais seguro para o tratamento da dermatite em relação a farmacoterapia atual que envolve o uso de corticoides. Os estudos prosseguem visando o desenvolvimento do fitoterápico com descrição do mecanismo de ação. Apoio: CNPq, FUNCAP

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação