RELATOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL I - EM DUAS ESCOLAS DE FORTALEZA

Resumo

Durante o ano de 2019 realizamos estágio em duas escolas de Fortaleza, com realidades distintas: uma escola militar (CPM) e uma escola municipal (ESM). Acompanhamos os níveis de educação infantil e ensino fundamental I. A ESM situa-se em um bairro periférico de Fortaleza, a estrutura dedicada à educação infantil é pequena e menos acessível do que o restante da escola, que é do fundamental II. Além disso, para a educação infantil não há aulas de EF. As pedagogas assumem postura diferente com os(as) alunos(as), ao passo que algumas são compreensíveis ao lidar com as turmas, outras utilizam uma metodologia ameaçadora. Enquanto isso, no CPM a estrutura destinada ao fundamental I é ampla e acessível, há aulas semanais de EF. Por isso, foi possível acompanhar três professores(as), sendo que uma era considerada boa professora por nós, por conseguirmos identificar todos os processos de elaboração de aula, dimensões de conteúdo e adaptações necessárias, entre diversos fatores. Um professor era o oposto da professora e o terceiro era substituto, que dividia a aula com um professor que, de certa forma, também contribuiu negativamente para a concepção da área de educação física escolar. Durante o processo, percebemos a singularidade de cada nível de ensino e as suas especificidades, como questões relacionadas à afetividade; no entanto, além disso, analisamos a forma como a EF acontece nesses níveis de ensino e conseguimos intervir, cumprindo todos os processos de elaboração e realização de uma aula. Ressaltamos que foi algo assustador inicialmente, pois além de lidar com as turmas, tivemos que elaborar uma aula sobre temática que não nos era próxima. Esse desafio, após concluído, trouxe uma imensa satisfação para nossa vida de professoras em formação. A partir disso, embora algumas experiências não tenham sido tão agradáveis, compreendemos a importância, pois é o que enfrentaremos dentro das escolas na adversidade podemos reconhecer o tipo de professores não desejamos ser.