RUÍDO E SILÊNCIO: UM DIÁLOGO ENTRE O PASSADO E O PRESENTE
Resumo
Pretendemos expor resultados parciais de trabalho de pesquisa em elaboração, vinculado às atividades do Projeto LITERACINE – criação literária através do cinema, sobre o componente sonoro e sua contribuição para a interpretação no processo de significação de obras audiovisuais e literárias, a partir das memórias construídas nas obras Trago Comigo (2016), filme de Tata Amaral, e do conto “As Formigas”, de Lygia Fagundes Telles, em Seminário dos Ratos (1998). A elaboração e a reconstituição de memórias representadas através do cinema e da literatura constituem interesse de diversas pesquisas das ciências humanas, e em áreas como a literatura comparada. No rompimento das fronteiras que distanciam e aproximam esses dois produtos culturais, estudos sobre o som têm surgido, contribuindo para o estabelecimento de uma relação dialógica entre obras de composição literária e obras audiovisuais. As análises que permeiam esses estudos partem de várias perspectivas e inúmeros enfoques, que vão desde o trajeto narrativo e os objetos que o circundam, questões de espaço e tempo, adaptações, ou ainda estudos semióticos. Propomos a análise do uso dramático do som pela possibilidade de gerar sentidos e contribuir para significação das obras escolhidas. O ruído e o silêncio, objetos narrativos, são capazes de ampliar significados, estabelecer sentidos, recuperar memórias (CHION, 2011). E, dentro de uma visão horizontal acerca da teoria dos estudos comparativos entre cinema e literatura, ao se estabelecer relação entre esses elementos narrativos, é que verificamos a importância de propor esse diálogo entre as artes. A partir dos objetos sonoros nesses dois universos que movem, transformam e são transformados por si mesmos, o cinema nos amplifica seus significados e a literatura nos permite inúmeros imaginários.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
VI Encontro de Cultura Artística
Licença
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