As personagens femininas em “Tlactocatzine, del jardín de Flandes” e “La buena compañía”, de Carlos Fuentes:

constante desvendar de outras realidades

Autores

  • Daniele Zaratin Universidade Presbiteriana Mackenzie

Resumo

Ao investigar as obras de Carlos Fuentes que se alinham com a literatura fantástica  e suas vertentes, percebemos que, nessas narrativas, existe a reiteração de determinados eixos temáticos, tais como a irrupção do insólito como o elemento desestabilizador de certa percepção de uma realidade racionalista, o estilhaçamento de certa visão unívoca de História, a valorização da memória e seu resgate do esquecimento, assim como a presença de personagens femininas marcadamente ambíguas e reveladoras do sobrenatural. Pensando nessa última característica, este trabalho objetiva analisar a composição dessas personagens, buscando refletir como elas contribuem para o desfecho insólito da trama ao revelar, paulatinamente, o sobrenatural para as demais personagens. Escolhemos, para tanto, dois contos escritos por Carlos Fuentes em diferentes décadas: “Tlactocatzine, del jardín de Flandes” (1954) e “La buena compañía” (2004). Para fundamentar nossa argumentação, utilizamos as teorias de Filipe Furtado, Rafael Olea-Franco e Remo Ceserani. Com isso, esperamos contribuir para ampliar reflexões sobre a obra do escritor mexicano alinhada com o fantástico.

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