A GALHOFA E A MELANCOLIA NA OBRA MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS: DIÁLOGOS ENTRE MENIPO, LUCIANO E JOAQUIM MARIA

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Resumo

Assumido pela crítica como o nosso “maior homem das letras do país”, Machado de Assis publicou, em 1881, um romance considerado “divisor de águas” dentro da literatura brasileira, trazendo inovações que perpassam uma mera classificação como romance realista. Buscando a compreensão da densidade do olhar machadiano, que mostra sua dimensionalidade múltipla dentro da narrativa, faremos um resgate crítico e comparativo, procurando identificar o jogo duplo do narrador, característica que traz singularidade à obra, tendo como base teórica a influência da sátira menipeia e da tradição luciânica, procurando associá-las à criação machadiana. Diante disso, buscaremos apresentar como a obra perpassa as denominações triviais, ou seja, como ela apresenta um amálgama de acepções, que revelam não apenas o conjunto sócio-histórico de sua produção, mas da cultura erudita de Machado de Assis, que se baseia em modelos gregos. Ademais, realizamos uma abordagem do cômico, da sátira, associando tais gêneros à obra em estudo, reforçando o avanço técnico-literário do romance. Para isso, nos fiaremos nos estudos de Bosi, Rego, Facioli e Merquior.

Biografia do Autor

Andre Plez Silva, Universidade São Francisco - Campus Itatiba

Mestre em Linguística pela Universidade de Franca, Doutorando em Educação pela Universidade São Francisco. Especialista (lato sensu) em Literatura. Escritor e poeta.

Referências

ASSIS, J. M. M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1984.

BOSI, A. Brás Cubas em Três Versões. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.

BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1977.

FACIOLI, V. Um Defunto Estrambótico: Análise e interpretação das Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Nankin Editorial, 2002.

MERQUIOR, J. G. O romance carnavalesco de Machado. In: Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Editora Ática, 1984.

MERQUIOR, J. G. A astúcia da mímese. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1972.

REGO, E. O Calundu e a Panacéia: Machado de Assis, a sátira menipéia e a tradição luciânica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.

ROCHA, K. A sátira menipéia em contos de Machado de Assis. Disponível em: <http://www.ufes.br/~mlb/fronteiras/pdf/asatira_karina_bersan.pdf>. Acesso em: 09 mar. 2018.

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Publicado

2019-04-29

Edição

Seção

Estudos Literários