A CONSTRUÇÃO DE LAÇOS DE AFETO EM HANÓI E RAKUSHISHA, DE ADRIANA LISBOA
Resumo
O presente artigo propõe pensar a questão da afetividade humana em meio ao mundo fugidio e heterogêneo ao qual pertence os protagonistas dos romances Hanói (2013) e Rakushisha (2007) de Adriana Lisboa. Pressupondo que, na contemporaneidade, haja uma significativa mudança nos relacionamentos humanos, chamados por Bauman (2004) de era “líquida”, devido aos tempos em que a tecnologia tem se tornado parte do homem, emergindo, assim, teorias da relativa dificuldade de estabelecer laços de afeto duradouros e verdadeiros. Em Hanói, David, ao receber a notícia de sua iminente morte, passa a pensar cada vez mais em sua solidão e no que esperava encontrar na vida, como os laços afetivos que nunca construiu com ninguém. Enquanto Rakushisha, coloca em cena Celina e Haruki, duas solidões que se somam em silêncio, intuindo a dor um do outro e estabelecendo laços de afeto. Buscamos, portanto, pensar as transformações do afeto que é construído de diferentes formas nos romances em análise.Referências
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