O MITO DE DAFNE NAS ESCULTURAS DE BERNINI E LILY GARÁFULIC: DESDOBRAS IDEOLÓGICAS NO BARROCO E NA MODERNIDADE

Autores

  • Dafne Di Sevo Rosa Doutoranda em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professora do Colégio Nossa Senhora de Sion.

Resumo

O mito de Dafne foi retomado diversas vezes ao longo da história, porém apresentando padrões ideológicos divergentes. Enquanto na Antiguidade a ninfa representava a submissão da mulher, no Barroco, sua imagem foi associada à pureza de Maria e na Modernidade ela se tornou a figura que simboliza a independência feminina. Pretende-se, no presente artigo, analisar as esculturas de Bernini (século XVII) e Garáfulic (século XX) apontando as mudanças axiológicas presentes em cada obra, a partir da comparação dialógica entre elas e o mito elaborado por Ovídio em Metamorfoses (aproximadamente século I a. C). Para isso, serão fundamentais não só os posicionamentos sobre discurso ideológico propostos por Bakhtin – em Marxismo e filosofia da linguagem, Estética da criação verbal, Problemas da poética de Dostoiévski e Questões de literatura e estética –, mas também a compreensão da importância do mito de Dafne para cada uma das épocas históricas retratadas nas obras dos três artistas.

Referências

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Publicado

2018-07-27