SONETO SHAKESPEARIANO: ENTRE O AMOR, A BELEZA E A HERANÇA MITOLÓGICA CLÁSSICA

Autores

  • Raquel Ferreira Ribeiro Universidade Federal do Ceará
  • Carlos Augusto Viana da Silva Universidade Federal do Ceará

Resumo

O soneto é a forma de expressão poética criada pelo poeta italiano Petrarca, que canta um amor submisso de homem para uma mulher altiva e atraente. Forma muito utilizada na Europa humanista, na Inglaterra do período renascentista foi adaptada para o que chamamos hoje de soneto inglês. A literatura renascentista, contudo, assim como as demais artes e a ciência, recebe grandes influências da antiguidade clássica. Os sonetos de William Shakespeare cantam o Amor e a Beleza do pensamento renascentista que, por sua vez, resgatam esta relação que faz parte da herança cultural ocidental desde os mitos clássicos, como Narciso e Hipólito, ao pensamento filosófico sobre o Amor em O Banquete, de Platão (1972). O presente artigo busca possíveis alusões aos mitos citados nos sonetos I e III, de Shakespeare (1997), dedicados a Fair Youth, para identificar nos estudos da poesia do autor, o belo jovem que desperdiça sua Beleza por não deixá-la para a posteridade através da prole.

Biografia do Autor

Raquel Ferreira Ribeiro, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda em Letras pela Universidade Federal do Ceará e Mestre em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual do Ceará.

Carlos Augusto Viana da Silva, Universidade Federal do Ceará

Doutorado em Letras (Descrição e Análise Linguísticas) pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da Bahia -UFBA. Atualmente é professor Associado I do Departamento de Estudos da Língua Inglesa, suas Literaturas e Tradução e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará- UFC.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Estudos Literários