Entre o ramo de oliveira e a espada
o calundu e a santa na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1751-1765)
Palavras-chave:
Apropriação cultural, Mágico-religiosas, CalundusResumo
Esta pesquisa tem como objeto as relações socioculturais, especialmente a dinâmica religiosa entre os ritos católicos e africanos na sociedade luso-brasileira no século XVIII. A partir da bibliografia de Rosa Egipcíaca e do processo inquisitorial de Luzia Pinta, busca-se compreender as razões para a aparente permissividade, por parte da Igreja e dos agentes inquisitoriais, de práticas consideradas heréticas no período colonial. Argumenta-se, com a análise das fontes, que não houve propriamente permissão explícita e sim desinteresse dos agentes inquisitoriais das funções repressivas, como exemplifica a dinâmica desvelada na cidade do Rio de Janeiro. Sugere-se que entre o calundu e suas práticas e a inquisição intercorreu-se diferentes percepções dos agentes, assim como processos de apropriação cultural nas práticas mágico-religiosas sintonizadas aos interesses políticos econômicos de legitimação e consolidação dos agentes no interior da sociedade.
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