Homens da justiça e das ordenanças

mestiços na administração colonial nos sertões da Capitania do Rio Grande (Séculos XVIII e XIX)

Autores

  • Maiara Silva Araújo
  • Helder Alexandre Medeiros de Macedo

Palavras-chave:

Mestiços, Administração colonial, Sertões da Capitania do Rio Grande

Resumo

Este artigo, por meio do estudo de caso do Juiz de Órfãos Manuel de Souza Forte, pretende examinar o perfil de sujeitos mestiços que, no decurso do século XVIII e nos primeiros anos do XIX, ocuparam ofícios administrativos no âmbito judicial e militar dos sertões da Capitania do Rio Grande no intento de entender quem eram esses mestiços e quais instrumentos foram utilizados pelos mesmos para que se inserissem na administração colonial do espaço citado. Nesse sentido, este estudo, com base na análise de fontes paroquiais e judiciais e de um diálogo com os trabalhos de Gouvêa, Fragoso e, dentre outros, Macedo, parte do princípio de que existia uma relação “negociada” entre a colônia e a metrópole e que esse aspecto possibilitou que as instituições coloniais atendessem não apenas as necessidades da Coroa, mas também as suas demandas internas. Um exemplo dessa assertiva é a própria inserção de mestiços na burocracia colonial, mesmo a mestiçagem a princípio, conforme os fundamentos do Antigo Regime, sendo um fator que limitava o acesso aos ofícios administrativos. Em síntese, entender como se deu o acesso de mestiços em instâncias administrativas dos sertões e examinar quem eram esses colonos é nossa finalidade com esse estudo.

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Publicado

2020-06-24

Como Citar

Araújo, M. S., & Macedo, H. A. M. de. (2020). Homens da justiça e das ordenanças: mestiços na administração colonial nos sertões da Capitania do Rio Grande (Séculos XVIII e XIX). Em Perspectiva, 3(1), 225–246. Recuperado de http://200.129.40.241/emperspectiva/article/view/44590

Edição

Seção

Dossiê Temático