ILUSTRANDO DE VERMELHO:

COMO A MÍDIA CONSTRÓI A IMAGEM DO PISA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24882/eemd.v44i87.81179

Palavras-chave:

PISA, análise de discurso, políticas públicas, avaliação externa

Resumo

No atual cenário sociopolítico brasileiro, a discussão sobre o papel das avaliações externas e sua interferência na formação de políticas públicas educacionais tem sido cada vez mais presente. Este trabalho nasce do questionamento sobre como a avaliação do Programme for International Student Assessment (PISA) influencia a educação no Brasil e toma como perspectiva teórica a análise de discurso de linha francesa. A partir da pergunta de pesquisa, estabeleceu-se como objetivo geral refletir sobre a forma como a mídia representa e divulga os resultados das avaliações do PISA e como isso pode afetar a educação como um todo, no sentido de moldar as políticas públicas dos países que aplicam a prova, como o Brasil; como objetivos específicos, buscou-se levantar reportagens da Folha de São Paulo sobre a última avaliação do PISA, edição de 2018, e analisar discursivamente duas reportagens. O corpus escolhido para tal reflexão são duas reportagens do jornal Folha de São Paulo relacionadas à última edição do PISA em 2018. Mais do que divulgar os resultados e problematizar o futuro dos jovens brasileiros, o objetivo da prova é entender se os sistemas educacionais têm sido eficazes na formação de seus jovens. Para isso, realiza-se uma avaliação trianual com alunos de 15 anos, a fim de comparar o rendimento das economias que participam do PISA. Com o olhar da análise de discurso como fundação teórica, aponta-se o PISA como um dos instrumentos de objetivação que corrobora mudanças no atual cenário político da educação brasileira.

Biografia do Autor

Victor Henrique Tartari Dias, Universidade São Francisco, Itatiba (SP)

Graduando em Pedagogia, Universidade São Francisco, Itatiba (SP). Bolsista IC CNPq.

Márcia Aparecida Amador Mascia, Universidade São Francisco, Itatiba (SP)

Pós-doutora em Educação pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA). Doutora em Linguística Aplicada pela Universidade de Campinas (Unicamp). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade São Francisco, Itatiba (SP). Bolsista Produtividade CNPq.

Referências

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Como
o Pisa funciona?. Brasília, DF, 2020. Disponivel em: https://www.gov.br/inep/pt-br/
areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/pisa. Acesso em: 26 mar. 2020.

BRASIL. PISA 2018: relatório nacional. Brasília, DF: INEP/MEC, 2018.

CLIVATTI, D. B. S. O PISA e o quarto poder: uma análise dos discursos e
objetivações da mídia sobre a educação no Brasil. 2018. Dissertação (Mestrado
em Educação). Universidade São Francisco, Itatiba, 2018.

FERNANDES, C. A. Análise do discurso: reflexões introdutórias. Goiânia: Trilhas
Urbanas, 2010.

FERREIRA, M. C. L. Glossário de termos do discurso. Porto Alegre: Instituto de
Letras (UFRGS), 2001.

ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes
Editores, 1999.

PINHO, Ângela. Aluno no Brasil mais falta e perde tempo de aula com bagunça.
Folha de S. Paulo, São Paulo, n. 33.117, 4 dez. 2019. Caderno Educação.

PRIMEIRA página. Folha de S. Paulo, São Paulo, n. 33.117, 4 dez. 2019.

VEJA a evolução do Brasil no PISA desde 2000. Folha de S. Paulo, São Paulo,
n. 33.117, 4 dez. 2019. Caderno Educação, p. 30.

Downloads

Publicado

2022-07-08