INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR: O OLHAR DOS COORDENADORES DE CURSOS DE GRADUAÇÃO
Resumo
Um sistema educacional produz, via de regra, por meio de estruturas curriculares, sujeitos com habilidades suficientes para atuar em determinados contextos profissionais. Entretanto, esse sistema, da forma como se apresenta, pode invariavelmente não perceber necessidades de aprendizagem sutis afeitas aos sujeitos que fazem parte desses processos formativos. Diz-se sobre isso, do identificar, reconhecer ou perceber o outro como sujeito. O objetivo deste estudo foi discutir como ocorrem os processos de (re)conhecimento dos estudantes público-alvo da Educação Especial nos cursos de graduação com vistas à aprendizagem. Com abordagem qualitativa e exploratória, os dados foram coletados por meio de entrevistas abertas semiestruturadas respondidas por coordenadores de cursos de graduação de uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES). Os resultados foram analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo. Constatou-se que o foco de questionamento reside sobre o currículo, organizado de modo fragmentado e padronizado, constituindo-se em especialidades fechadas e individualistas, um documento com características distantes do entendimento da teoria da complexidade, cujo fator principal incide sobre a importância de os conhecimentos serem contextualizados com a realidade. Conclui-se que o (re)conhecimento das pessoas com deficiência e seus processos de aprender exigem contextualização do processo vivenciado por pessoas que se desenvolvem com e em realidades objetivas e subjetivas distintas. As formas de comunicação geram dificuldades para o atendimento às necessidades específicas de aprendizagem desses sujeitos, que, em muitos casos, requerem tecnologias e suportes de acessibilidade.
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