A BNCC E A DILUIÇÃO DO ENSINO DE FILOSOFIA NO CONTEXTO DO FORTALECIMENTO DO NEOLIBERALISMO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.30611/2023n29id91326Palavras-chave:
BNCC, Filosofia, Ensino de Filosofia, Ensino Médio, NeoliberalismoResumo
O presente artigo tem o propósito de apresentar uma análise crítica do tratamento dado à Filosofia e ao seu ensino no âmbito da Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Para tanto, inicialmente será apresentado breve histórico das formas do Ensino da Filosofia e suas inclusões ou exclusões determinadas pelo quatro político e social em épocas diversas. O objetivo dessa breve genealogia é melhor situar a atual posição do Ensino da Filosofia no referido documento e sua instrumentalização pelo Estado e políticas neoliberais. O desdobramento dessas indicações ocorre por meio de breve análise de algumas passagens textuais da BNCC, buscando mostrar como alguns traços do neoliberalismo estão fortemente presente na sua proposta político-pedagógica. A metodologia utilizada é a de exame de textos, findando por concluir a existência da diluição da criticidade da Filosofia, o fim da criatividade no seu ensino em prol do fortalecimento de uma formação que atenda aos interesses neoliberais da sociedade e do mercado.
Referências
BRASIL. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Brasília, DF: Ministério da Educação, 2019.
KROEF, Ada. Currículo-nômade: sobrevoos de bruxas e travessias de piratas. Fortaleza: EdUECE, 2018.
FERNANDES, Dorgival. MARINHO, Cristiane; SOUSA, Alex; COSTA, Roberta. A educação brasileira e a constituição do sujeito neoliberal. In. Educação, linguagens e práticas sociais. Pau dos Ferros, RN: AINPGP, 2021.
MARINHO, Cristiane. Processos de subjetivação, governamentalidade neoliberal e resistência: uma leitura a partir de Michel Foucault e Judith Butler. São Paulo: Intermeios, 2022
GALLO, Silvio. Base Comum Curricular, um instrumento da biopolítica. Entrevista concedida a João Vitor Santos. IHU On-Line, Instituto Humanitas Unisinos, 2017a. Disponível em: https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/7148-base-comum-curricular-um-instrumento-da-biopolitica Acesso em: 10/08/2022.
GALLO, Silvio. Governamentalida0de Democrática e Ensino de Filosofia no Brasil Contemporâneo. CADERNOS DE PESQUISA v. 42 n. 145 p. 48-65, jan./abr, 2012. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/45 Acesso em: 10/08/2022.
GALLO, Silvio. Biopolítica e subjetividade: resistência? In. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 66, p. 77-94, out./dez. 2017b. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/53865 Acesso em: 10/08/2022.
SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2008.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0), que permite o compartilhamento não comercial, sem modificações e com igual licença do trabalho, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).